07 de outubro de 2021 | 05h01
A seleção brasileira inicia nesta quinta-feira, em Caracas, diante da Venezuela, uma série de três partidas pelas Eliminatórias Sul-Americanas que poderão encaminhar a classificação para a disputa da Copa do Mundo do Catar. Para isso, terá de vencer os venezuelanos, depois os colombianos, em Barranquilla, no domingo e os uruguaios, em Manaus, no dia 14, alcançando 33 pontos. Desta forma, tirando Brasil, Argentina e Uruguai, os atuais três primeiros colocados, apenas mais uma seleção poderia somar até 15 pontos na classificação até o fim das três rodadas.
Os 33 pontos podem até ser demais. Desde que as Eliminatórias passaram a ser disputadas no formato atual, o quarto colocado garantiu vaga na Copa com pontuação menor. Em 2002, o Paraguai fez 30 pontos; em 2006, o Equador somou 28, mesma pontuação da Argentina em 2010; e em 2018 27 pontos foram suficientes para a Colômbia. Em 2014, o Equador entrou com 25, mas as Eliminatórias tiveram nove seleções.
O Brasil disputou oito partidas até agora, uma a menos que quase todas as outras seleções, por causa do imbróglio ocorrido na Neo Química Arena no confronto com a Argentina.
O Brasil lidera as Eliminatórias com 24 pontos, com aproveitamento de 100%. Argentina e Uruguai somam 18 e 15, respectivamente. A partir daí, inicia-se a uma disputa acirrada pela quarta colocação, último posto que dá vaga direta na Copa. O quinto lugar leva para a disputa da repescagem.
Colômbia e Equador têm 13 pontos cada e precisariam de dois pontos para permanecerem na briga caso o Brasil vença as três partidas. Os colombianos têm um caminho difícil: Uruguai, fora, Brasil e Equador, ambos em casa, enquanto os equatorianos recebem a Bolívia e depois saem para encarar Venezuela e Colômbia.
O Paraguai tem 11 pontos e precisaria de mais quatro diante de Argentina (c), Bolívia (f) e Chile (c). Peru, com oito pontos, e Chile, com sete, podem até sonhar com o Catar, mas é difícil prever que possam alcançar o Brasil.
Sem falar em vaga antecipada, Tite prefere usar a partida diante da fraca Venezuela, última colocada, com apenas quatro pontos - fruto de uma vitória, um empate e sete derrotas -, para fazer testes na seleção e observar o rendimento de atletas que tiveram menos oportunidades. É o caso do lateral-esquerdo Guilherme Arana, que vai fazer sua estreia na seleção principal.
“A própria campanha nos permite dar aos atletas um número maior de chances, como o Arana (lateral-esquerdo). Há uma competição interna muito forte e que a gente possa ter isso nessa sequência”, admitiu o treinador nesta quarta, em entrevista coletiva, após o último treino em Bogotá, na Colômbia.
Tite também vai sentir como a equipe se comportará sem Neymar, suspenso por causa do cartão amarelo recebido na vitória diante do Peru na última rodada. No meio de campo estará ausente o volante Casemiro, um dos líderes do elenco, que sofre com uma infecção em um dente, foi cortado e substituído por Douglas Luiz, do Aston Villa. Mas o titular da cabeça de área em Caracas será Fabinho, do Liverpool.
O ataque vai contar com a dupla de atacantes formada por Gabriel Jesus e Gabriel Barbosa. “Não acredito que colocar quatro atacantes vai te deixar ofensivo e não acredito que colocar quatro volantes vai deixar o time defensivo. Gosto de uma equipe que trabalhe bem a bola, mas sei que verticalizar é importante, a beleza está aí. Temos peças para fazer isso, jogadores agudos”, afirmou Tite.
Na Venezuela, o técnico Leonardo González aposta na dupla de atacantes formada por Soteldo e Hurtado para buscar uma vitória, após duas derrotas consecutivas.
FICHA TÉCNICA
VENEZUELA x BRASIL
VENEZUELA — Graterol; González, Chancellor, Ferrarsei, e Óscar González; Moreno, José Martínez e Otero; Savarino, Soteldo e Hurtado. Técnico: Leonardo González.
BRASIL — Alisson; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Guilherme Arana; Fabinho, Gerson, Éverton Ribeiro e Lucas Paquetá; Gabriel Jesus e Gabigol. Técnico: Tite.
Juiz: Kevin Ortega (PER).
Horário: 20h30 (horário de Brasília).
Local: Estádio Olímpico, em Caracas.
Na TV: Globo e SporTV