Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão sábado, 21 de setembro de 2019

EDITORIAL: PERDENDO POSIÇÕES

 

Perdendo posições

Mesmo num quadro internacional de baixo crescimento econômico, o Brasil será um dos países com pior resultado neste ano e em 2020, segundo projeção da OCDE

Notas & Informações, O Estado de S.Paulo

21 de setembro de 2019 | 03h00

O Brasil será um dos países com pior resultado econômico neste ano e em 2020, mesmo num quadro internacional de baixa atividade, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Com tensões comerciais crescentes e muita incerteza, a economia mundial deve crescer apenas 2,9% neste ano e 3% no próximo, no desempenho mais fraco desde a crise financeira de 2008.

Uma recuperação gradual deve continuar no Brasil, com o crescimento ganhando impulso deste ano para o próximo. Juros mais baixos favorecem o consumo privado, e o progresso na implementação de reformas deve sustentar a confiança e o investimento, de acordo com o relatório.

 O documento foi divulgado na quinta-feira, um dia depois de confirmado o novo corte da taxa básica de juros pelo Copom, o Comitê de Política Monetária do BC. A nova etapa de redução da taxa havia começado um mês e meio antes, e os técnicos da OCDE deviam ter a expectativa de mais cortes.

Em contrapartida, o comunicado distribuído na quarta-feira pelo Copom, depois da decisão sobre os juros, menciona como risco importante a deterioração da economia global, uma avaliação corroborada no dia seguinte pelas estimativas da OCDE.

A disputa comercial entre Estados Unidos e China é um dos fatores mais importantes de insegurança, e quase certamente o mais notório. Uma escalada nesse confronto poderá ameaçar mais gravemente um comércio internacional já em retração. Mas o quadro de riscos inclui as incertezas de uma economia europeia já enfraquecida, os possíveis custos de um Brexit sem acordo entre Reino Unido e União Europeia, uma desaceleração mais forte da economia chinesa e novos desastres financeiros.

Concebidas para apoiar a recuperação econômica do mundo rico, políticas monetárias frouxas, mantidas há muitos anos, deram espaço à valorização talvez excessiva de ativos e a um endividamento perigoso de governos e de empresas.

Tudo isso se completa com tensões geopolíticas. Não há menção, no relatório, ao recente ataque a instalações petrolíferas da Arábia Saudita, mas o episódio é um claro exemplo dos perigos geopolíticos.

Mesmo com a “recuperação gradual” indicada pela OCDE, o Brasil ainda perderá posições na corrida mundial. Até a enfraquecida zona do euro deve fechar 2019 com expansão (1,1%) maior que a brasileira, apesar do crescimento zero estimado para a Itália e da previsão para a Alemanha reduzida de 0,7% para 0,5%. Três dos maiores emergentes, China, Índia e Indonésia, deixarão o Brasil mais para trás, avançando a taxas de 6,1%, 5,9% e 5%, respectivamente. No caso da Índia, considera-se o ano fiscal com início em abril.

As análises da OCDE continuam chamando a atenção para as dificuldades brasileiras mais evidentes, como o enorme desajuste das contas públicas, e também para problemas estruturais ainda sem solução à vista.

Destacam-se na lista a escassez de investimentos produtivos, as deficiências da infraestrutura, a baixa exposição da economia à concorrência internacional, a pobre formação educacional e a desigualdade muito acima dos padrões internacionais. No caso da desigualdade, sua redução foi interrompida, segundo observação feita em documento recentemente divulgado pela OCDE.

O governo poderia retirar desse estudo pelo menos um dado politicamente positivo: “As emissões de gases estufa permanecem bem abaixo da média da OCDE em termos per capita”. Mas há o risco de alguma autoridade interpretar esse comentário como desafio para atingir aquela média.


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