Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense terça, 04 de janeiro de 2022

ECOLOGIA: CAPIVARAS SÃO DONAS DO PEDAÇO NO PARQUE ECOLÓGICO DE ÁGUAS CLARAS

 

Capivaras são as donas do pedaço no Parque Ecológico de Águas Claras

Cerca de 10 capivaras circulam pelo Parque de Águas Claras. Elas divertem os frequentadores e fazem parte da paisagem

CS
Carlos Silva*
postado em 04/01/2022 06:23 / atualizado em 04/01/2022 08:26
 
 (crédito: Fotos: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Fotos: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O Parque Ecológico de Águas Claras abriga vários animais e, próximo à lagoa do parque, é possível ver cágados, patos, gansos, saguis e muito mais. Mas são as capivaras que roubam a cena e chamam a atenção de quem passa pelo local. A equipe de reportagem do Correio contou cerca de 10 no parque, na tarde de ontem. Apesar do aumento da presença dos animais, o essa visitação dos bichos não é recente no local.

O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) reforça esse ponto, destacando a aparição dos animais como reflexo do alcance do objetivo do parque. "O Parque Ecológico Águas Claras é uma Unidade de Conservação do Distrito Federal que tem por objetivo garantir a preservação, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação do ambiente natural formando um banco genético, por conservar as amostras de organismos vivos, tais como plantas e animais. Por este motivo, a aparição de capivaras é um indicativo positivo de que aquele ambiente está cumprindo com o papel para o qual foi criado", afirma o órgão.

A dona de casa Fernanda Costella, 41 anos, moradora de Águas Claras, frequenta o parque há cerca de três anos com o marido e as filhas, Carolina, 8 anos, e Letícia, 2 anos. A visitante também relata que as capivaras já apareceram diversas vezes, mas não representaram perigo. "É bem tranquilo, elas ficam na delas. É só ninguém perturbá-las. Estão no habitat delas", relata. No entanto, a moradora de Águas Claras alerta àqueles que têm animais para que cuidem e não os deixem atacar as capivaras. "É importante prender o seu animalzinho, porque elas estão ali se alimentando no habitat delas sem incomodar ninguém, mas elas podem se assustar e de repente reagir", adverte.

A presença dos animais foi tão comentada que não atraiu somente a atenção dos brasilienses, mas também de quem visita a capital. O fisioterapeuta Rodrigo Barbosa, 38, veio de Ituiutaba (MG) para passar o réveillon com a família em Águas Claras e não deixou de ir ao parque. "Sempre que visitamos Brasília, temos o costume de vir ao parque ecológico para fazer uma caminhada e ver os animais", explica. O visitante também ressaltou que é importante a presença dos animais no local, já que é raro ver situações assim, principalmente em grandes centros urbanos. "Acho interessante, pois nos aproxima da vida animal, uma vez que quem mora na cidade não tem o costume de avistar esse animais, principalmente soltos assim na natureza", afirma.

Cuidado

As capivaras chamam a atenção de quem passa, mas é preciso ter cuidado ao se aproximar delas. O professor do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB) e doutor em zoologia André F. Mendonça recomenda não se aproximar demais, já que ferimentos causados pelos animais podem se agravar. "O principal cuidado que os visitantes devem ter é não chegar perto, nem acuá-las e nunca feri-las. No caso de ferimento é muito importante que a pessoa vá a um hospital para que seja avaliado por um médico. Pois, como são animais silvestres que estão associados a corpos d'água, existe uma chance maior de o ferimento infeccionar", explica.

Outro ponto levantado pelo professor foi o cuidado com os pets, pois os conflitos entre animais domésticos e silvestres podem causar sérios danos aos envolvidos. "É importante ressaltar que, no caso de avistarem uma ou mais capivaras, é importante que os animais (domésticos) estejam presos ou que seja colocada uma coleira (neles). O perigo é que o animal de estimação, principalmente cachorros, pode atacar. O resultado, em qualquer hipótese desse evento, é potencialmente ruim pois um dos animais ou os dois podem sair feridos ou, em casos mais graves, vir a óbito devido aos ferimentos", esclarece.

O professor também alerta para o risco de ataques das capivaras. Apesar de serem calmos, os roedores podem se tornar agressivos em certas situações. "Em condições normais, as capivaras são animais bastante tímidos e que fogem com a aproximação de pessoas. Entretanto, como todo animal silvestre, as capivaras irão se tornar agressivas se forem acuadas ou agredidas. Um grupo de capivaras é formado, normalmente, por um macho, várias fêmeas e filhotes. Desta forma, como são animais sociais como nós, caso uma fêmea ou filhote sejam agredidos ou acuados, outro membro do grupo pode atacar para defender", adverte.

O Ibram também ressaltou que, em relação a animais domésticos, é importante cuidar para que não entrem em conflito com as capivaras, pois, assim também evitam que eles levem para casa carrapatos dos roedores. "A capivara é um dos hospedeiros do carrapato-estrela (Amblyomma cajennense), que transmite a doença Febre Maculosa Brasileira (FMB). O carrapato pode ser encontrado também em cavalos e outros animais de grande porte, cães, aves domésticas, roedores e na capivara. Porém, na história do DF, há o registro de apenas três casos da doença, sendo que o último registro ocorreu em 2016. Em nenhum deles o infectado foi a óbito", explica o órgão. Uma maneira de não ter contato com o parasita é evitar área de vegetação densa e utilizar nos animais produtos de proteção e coleira.


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