E O PLANO B? NO FUTEBOL, OU NA VIDA, MUITOS NÃO O TÊM!
Paulo Azevedo
FLUMINENSE NO TORNEIO SUL-AMERICANO - BOGOTÁ - 1990
Em pé: Bernardo (preparados físico), Marquinhos, Cláudio Brasília, William Mano, Ney, Guilherme, Farnese e Jerônimo (massagista).
Agachados: Paulo Azevedo, Paulinho Cantagalo, Wallace, Mário Alexandre e Magaldi
Fui atleta de futebol dos sete aos vinte e cinco anos, treinos diários, jogos, vitórias, derrotas, belas e péssimas atuações, assim como também é a vida.
Pisei em grandes estádios, gramados sagrados e mundanos, apenas pela a alegria em jogar futebol. Quando o sonho deu lugar à realidade, era hora de parar sem remorsos ou desgosto, tudo tem um fim, ou deveria ter.
Conheci muito craque de bola, joguei do sul ao norte do país, muito moleque bom de bola. Poucos chegaram ao estrelato, alguns se estabeleceram atletas, e a grande maioria ficou no meio do caminho.
Mas o que é o meio do caminho? Meio do caminho para uns foi o fim, era onde podia chegar. Não há frustração, há história para contar. Vi surgir, de pertinho, Rivaldos, Edmundos, Djalminhas, Cafus, Sávios, craques que não precisaram do plano B. Mas vi também Marcelos, Lucas, Letos, Lucianos, com os quais a bola terminou o romance, e não tinham o plano B.
E agora? O que fazer?
Parece existir um funil, a entrada é larga; a saída, estreita, mas, se o funil entupir, você faz o caminho inverso e procura outro funil. De repente, ali estará seu plano B.