Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão sábado, 22 de agosto de 2020

DUNCANVILLE ESTREIA ABORDANDO CONFLITO DE GERAÇÕES

 

'Duncanville' estreia abordando conflito de gerações em família desajustada

Atriz e dubladora Amy Poehler fala ao 'Estadão' sobre a dificuldade de criar um desenho para uma geração tão conectada

André Cáceres, O Estado de S.Paulo

21 de agosto de 2020 | 05h00

À primeira vista, o desenho animado Duncanville parece não oferecer nada de original. A atração, que estreia na Fox no dia 31 de agosto e vai ao ar às segundas-feiras, às 21h30, leva à televisão mais uma história a respeito de uma família disfuncional tentando conviver pacificamente em um cenário suburbano nos Estados Unidos. Famílias disfuncionais são um tema recorrente em séries de comédia desde que o modelo tradicional da família feliz ocidental foi cunhado, a tal ponto que talvez o espectador se pergunte se existem famílias funcionais. No entanto, o trunfo de Duncanville é o enfoque no conflito de gerações, evidenciando dificuldades na relação entre pais e filhos com as quais muitos dos que estão atualmente em quarentena vão se identificar.

 

Duncanville
Cena da primeira temporada da série 'Duncanville' Foto: 20th Century Fox

 

O protagonista do desenho, Duncan Harris, é um adolescente comum de 15 anos que parece preferir seus devaneios à vida real e sempre acaba envolvido em algum tipo de confusão com seus amigos. Ele mora com a mãe, Annie, uma guarda de trânsito durona que sonha em se tornar detetive de polícia; o pai, Jack, um roqueiro que se enxerga como uma alma jovem, mas que falha em se comunicar com o filho; e suas irmãs, Kimberly e Jing, com quem Duncan mantém uma relação esquisita. A primeira tenta ser popular a qualquer custo e acaba descontando seus fracassos no irmão; e a segunda é adotada e, a despeito de ser apenas uma criança, se diz apaixonada por Duncan.

“Graças ao foco na dinâmica familiar, nós tratamos de temas muito universais”, afirma a atriz e dubladora Amy Poehler em uma entrevista coletiva concedida por videoconferência a jornalistas da América Latina. “Essa é uma família bem típica porque cada um está vivendo em seu próprio mundo”, comenta ela, que, além de ser uma das produtoras do desenho animado, ainda dá voz a dois dos protagonistas, Duncan e Annie.

Poehler é mais conhecida por seu papel como Leslie Knope na sitcom Parks and Recreation (2009-2015) e por participações no lendário programa humorístico Saturday Night Live, mas ela tem uma longa carreira de dubladora, já tendo emprestado sua voz em filmes como Divertidamente (2015) e Shrek Terceiro (2007). 

“Eu adoro animações, porque não há regras ou fronteiras. Seu personagem pode voar e se transformar, há tanto espaço. Tive sorte de participar de algumas animações excelentes em minha carreira e amo isso”, afirma a dubladora, que fala também sobre a vantagem do gênero para mostrar visualmente o amadurecimento de um adolescente na puberdade. “Pelo fato de se tratar de um desenho, nós podemos literalmente esticá-lo. Na série, ele está sempre crescendo, às vezes ele é muito grande para suas calças ou seus tênis”, conta Poehler. Ela admite que há limitações quando se atua apenas com a voz, mas é otimista: “Às vezes, esses limites impulsionam a criatividade. Se você tem de usar apenas a voz, deve ser criativo, é um desafio. Mas é divertido não se preocupar com sua aparência. Eu nunca poderia interpretar um menino adolescente em uma série com atores de carne e osso.”

No mundo da animação, é comum que mulheres dublem personagens masculinos, especialmente crianças e adolescentes, mas fazer Duncan foi um desafio para Poehler. “Na minha carreira, eu sempre fiz personagens muito agitados e energéticos, e com Duncan eu quis fazer o oposto”, conta a atriz, que foi a shopping centers para observar como os adolescentes se comportavam e tentar emulá-los. “É muito divertido interpretar um personagem que é tão autocentrado e não muito energético. Ele sempre quer voltar a dormir”, brinca Poehler.

Como produtora e cocriadora da atração, ela afirma que o que a atraiu na ideia inicial para Duncanville é o fato de ser “um desenho sobre um adolescente que pensa que o mundo gira ao seu redor, mas seus familiares o fazem descobrir quem ele realmente deseja se tornar”. Sobre esse aspecto familiar, Poehler acredita que o fato de estar produzindo um desenho voltado para uma geração que já nasceu conectada na internet e antenada a outras mídias para além da televisão não afeta tanto a produção de Duncanville. “O que sempre permanece o mesmo, não importa com qual geração se está lidando, é a dinâmica familiar. Você é sempre constrangido por seus pais”, acredita a atriz.

No entanto, Poehler reconhece que muitos dos aspectos da adolescência contemporânea acabam influenciando os temas tratados na série. “Os jovens de hoje vivem em um mundo no qual a fama é muito importante, no qual um adolescente de 16 anos já está pensando sobre assuntos como casamento, emprego e como se apresentar para o mundo”, analisa ela. 

Dessa forma, a atriz acredita na comédia como forma de trazer mais leveza para uma juventude que se cobra muito, como é o caso da geração atual. “Sei que todo mundo está lidando com depressão e ansiedade, e muitas pessoas estão se interessando pela comédia apenas para tirar suas mentes de tudo o que está acontecendo. Estou feliz que esse desenho será uma forma de famílias relaxarem e desfrutarem de algum alívio. É bom assistir a um programa que suas crianças vão gostar e que não vão te deixar louca”, brinca Poehler.

Com a interrupção nas gravações de diversas séries por conta da pandemia da covid-19, Poehler aposta que a demanda por animação será maior nos próximos meses, por ser uma “atividade solitária” escrever, dublar e criar as artes desses personagens. “Creio que veremos uma quantidade maior de animações no futuro breve.”


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