Dudu convocando a “tropa”
Criado no verão de 1907 pelo tenente-general do Exército Britânico, Robert Stephenson Smyth Baden-Powell, que teve a ideia de reunir vinte jovens, dividindo-os em quatro grupos de cinco (Maçarico, Corvo, Lobo e Touro), na Ilha de Brownsea, então no Canal da Mancha dando-lhes o nome de “patrulhas”.
Foi esse o primeiro acampamento escoteiro que se tem conhecimento no mundo.
Baden-Powell nasceu a 22 de fevereiro de 1857, em Paddington, Londres, e faleceu a 8 de fevereiro de 1941 em Nyeri, no Quênia…..mas, essa é outra história!
Hoje, o nosso herói é outro.
Nascido no Brasil, mais propriamente no Nordeste, nos tempos que, as arengas das salas de aulas da escolas eram “resolvidas lá fora”. Recebeu o nome de Luís Eduardo na pia batismal, confirmado no Cartório de Registros. Cedo, em casa e na escola, ficou conhecido como Dudu. Mas, os “arengueiros” da escola preferiam mesmo era o “Dudu Rolha de Poço”. Alguns colegas mais próximos, por carinho e amizade, preferiam apenas o “Rolha”.
Estudioso ao extremo, Dudu seguia os conselhos paternos. Dava pouca importância aos insultos, levando-os como brincadeira. Mas, tal qual uma velha, Dudu tinha seus “dias de priquita queimada” e se prontificava, como os da geração, à resolver tudo, depois, lá fora.
Cedo, quando não passava de um menino, Dudu conheceu e ficou encantado com o Escotismo. Fez tudo para entrar para o movimento e, de tanto demonstrar vontade, acabou sendo aceito.
Nos primeiros dias, “novato”, recebia incentivo dos mais lúcidos; mas também recebia provocações dos gaiatos. À esses, do pódio do autoconhecimento, Dudu vaticinou: “um dia qualquer, eu vou ser líder de vocês”!
Pois, Dudu, o “Rolha de Poço”, o gorducho, ou apenas o “Rolha”, se destacava a cada dia. Fazia amizades, ganhava confiança sem permitir intimidades ou gracejos durante as atividades do Escotismo.
A mão de Deus!
Quem acha que as coisas acontecem “quando têm de acontecer”, faz parte do rol das pessoas sem Fé. Quando vimos ao mundo, alguma coisa foi planejada por Deus, o único que pode tudo.
Eis que o dia de Dudu chegara. Depois de sair de casa na direção do encontro semanal com o grupo, o “Chefe” teve um contratempo e precisou desviar a rota e o objetivo principal. Seu carro teve um sério problema mecânico, o que o impediria, naquele dia, de comparecer à reunião com os jovens.
Procurou um telefone e manteve contato com o local das reuniões. Mais ainda, sugeriu ao atendente, que Luís Eduardo, o Dudu, o substituísse naquele dia, no comando dos escoteiros.
Ninguém contestou. E, naquele dia, a emenda foi melhor que o soneto, pois estava nascendo o “Corvo”, cujo comando e liderança foi assumido formalmente por Dudu. É. O “Rolha de Poço”!
Sempre alerta!