Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo terça, 11 de abril de 2023

DROGAS EM MALAS TROCADAS: O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA TER SUA BAGAGEM PROTEGIDA

 

 

Por O Globo — Rio de Janeiro

 

Malas foram trocadas no Aeroporto de Guarulhos por grupo criminoso que enviou 40 quilos de cocaína para a Alemanha
Malas foram trocadas no Aeroporto de Guarulhos por grupo criminoso que enviou 40 quilos de cocaína para a Alemanha Reprodução/TV Globo

O caso das duas brasileiras presas com drogas na Alemanha após terem suas malas trocadas no Aeroporto de Guarulhos levantou preocupações entre passageiros quanto a segurança de suas bagagens em viagens aéreas. Em entrevista ao GLOBO, o consultor de segurança da Inteligência em Segurança da Aviação Civil (InAVSEC) Jefferson Barbosa apresentou uma série de medidas que podem ser tomadas pelos passageiros que desejam reforçar a segurança das suas malas.

Segundo o delegado Bruno Gama, "a PF conseguiu comprovar que aquelas passageiras são inocentes. Indicando quem seriam realmente os culpados do fato do crime ocorrido". A declaração foi dada ao Fantástico. Apesar disso, as duas seguem presas preventivamente em Frankfurt, aguardando uma série de documentos relativos ao inquérito chegar nas mãos da Justiça alemã.

Conforme consta no Regulamento Brasileiro da Aviação Civil, da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), "o operador aéreo deve garantir a proteção da bagagem despachada desde o momento de sua aceitação até o momento em que é devolvida ao passageiro no destino ou transferida para outro operador aéreo".

"O operador aéreo deve assegurar, em coordenação com o operador do aeródromo, que o acesso às bagagens despachadas, às suas áreas de consolidação e aos seus pontos de transferência mantenha-se restrito ao pessoal autorizado e credenciado, e impedir que qualquer bagagem seja violada com a intenção de estar sujeita à introdução de materiais passíveis de serem utilizados para atos de interferência ilícita", segue o documento.

Frente a casos comoo de Jeanne e Kátyna, o que os passageiros devem fazer para "reforçar" a segurança das suas bagagens? Ao GLOBO, Barbosa disse que os cuidados com a segurança começam na hora da preparação da mala, em casa ou no hotel.

— A aviação no geral tem um nível de segurança bem elevado. Porém, temos o ser humano que trabalha nessas operações, e ele pode fazer as coisas positiva ou negativamente. Pensando nisso, nós, enquanto usuários, temos que redobrar a nossa atenção. É preciso tomar algumas medidas — afirmou o especialista.

 

Passo a passo de uma mala segura

 

 

  1. Sempre optar por uma bagagem que não seja de grife, que não chame atenção pela marca ou pelo valor elevado, o que pode ser motivo de violações e furtos.
  2. Organizar os pertences dentro da bagagem. Tudo que for importante ou tiver um valor elevado deve ser escondido no fundo da mala, o que pode evitar o sumiço desses itens em caso de furto.
  3. É bom tirar fotos dos itens organizados no interior da mala antes de fechá-la. Assim, caso mexam nela (tirem ou coloquem itens), as fotos comprovam como ela estava antes.
  4. Coloque, na parte externa da bagagem, alguma coisa que caracterize que ela é sua: um adesivo, uma fita, um cartão e etc. Dessa maneira, ela será mais facilmente identificada, o que evita que alguém a pegue e facilita caso seja extraviada.
  5. Em todo o trajeto, de casa até o momento da mala ser despachada, nunca abandoná-la ou deixá-la “desassistida”.
  6. O cadeado é importante. Há bagagens, no entanto, que podem ser abertas e depois fechadas novamente, mesmo com cadeado. Uma maneira de dificultar essa violação é envolver a mala em plásticos ou com uma capa de segurança.
  7. Na hora de despachar a bagagem, você deve registrar o peso que ela tem. Caso coloquem algo dentro dela, você pode descobrir sem nem mesmo abri-la.
  8. Quando tiver conexão, sempre confira se suas bagagens foram violadas — caso você tenha acesso a elas nesse momento.
  9. Repita essa ação no momento de pegar as bagagens na esteira do destino final. Se ela tiver sido revirada, trocada ou se tiver algo que não é seu dentro, você deve chamar algum funcionário da empresa ou um agente policial e avisá-lo da questão.

  

Modelos mais recomendados de mala e cadeado

 

Segundo Barbosa, o investimento em uma bagagem "diferenciada" é um custo que pode ser evitado. O especialista pontua que o modelo mais recomendado de mala, falando em segurança, é aquele em que os zíperes podem ser "unidos" com um lacre ou um cadeado que, preso a outra extremidade do item, impede que os zíperes "corram de um lado para o outro". Assim, a violação do zíper com o uso de uma simples caneta, por exemplo, que pode abri-lo e fechá-lo logo em seguida, é dificultada. Veja abaixo um exemplo disso:

  

Nessa foto, temos um exemplo de uma mala que está lacrada da maneira explicada pelo especialista — Foto: Arquivo pessoal Jefferson Barbosa

Nessa foto, temos um exemplo de uma mala que está lacrada da maneira explicada pelo especialista — Foto: Arquivo pessoal Jefferson Barbosa

Para viagens internacionais, o especialista recomenda o uso do cadeado-padrão da Administração para a Segurança dos Transportes dos Estados Unidos (TSA, em sigla em inglês). As autoridades internacionais têm a chave mestra para abrir esse tipo de cadeado, o que garante que, caso elas precisem acessar as bagagens (um procedimento muito comum), elas não serão danificadas. Eles geralmente vêm acoplados nas malas.

Nos EUA, quando a TSA abre uma bagagem, ela deixa um bilhete oficial dentro dela, sinalizando o procedimento que foi realizado e garantindo a transparência do sistema de segurança.

 

ANAC pode 'melhorar' regulamentos de segurança

 

Procurada para comentar o caso das brasileiras que tiveram as malas trocadas por outras com cocaína em Guarulhos, a ANAC disse ao GLOBO que, "em se tratando de tráfico internacional de drogas, o caso extrapola as competências da Agência e fica a cargo da Polícia Federal".

"A Polícia Federal investiga o caso e no decorrer das investigações, caso seja verificada alguma possibilidade de melhoria dos regulamentos da ANAC e/ou de procedimentos, essas sugestões serão encaminhadas pelo órgão de segurança e analisados pela equipe técnica responsável", afirma a Agência.

A ANAC reforça que a companhia aérea é responsável pela mala desde o momento em que é despachada até o seu recebimento pelo passageiro.

"Adicionalmente, os aeroportos que possuem Plano de Segurança Aeroportuária aprovado, como no caso de Guarulhos, são constantemente fiscalizados, inspecionados e testados com vistas a verificar a eficácia dos mecanismos de segurança atualmente implementados. Sempre que constatadas não conformidades, a Agência toma as providências cabíveis aos casos concretos, visando sempre garantir a segurança dos passageiros", explica a Agência ao GLOBO.

 

No Galeão, há seis anos, outro caso semelhante envolvendo funcionários de companhias aéreas

 

Em fila. Saída do aeroporto: parte dos presos é encaminhada para a sede da Polícia Federal, na Praça Mauá — Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

 

 

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