Dr.º Marcos Paiva e esse colunista em dezembro de 2019
No dia 19 de maio de 2020, depois de lutar por mais de 15 dias contra o devastador vírus chinês que o infectou quando clinicava num consultório médico popular, atendendo a pacientes carentes, mesmo consciente de que era do grupo de risco – diabético – tinha mais de 74 anos e deveria estar em quarentena, isolado do contato social, encantou-se Dr.º Marcos Paiva, clínico geral, amigo fiel, confidente, conselheiro, mantra. Seu corpo virou poeira das estrelas, cujas cinzas estão adubando o universo de simplicidade, solidariedade, honestidade, bondade e altruísmo, qualidades que ele sabia cultivar com a racionabilidade e a serenidade de um Buda Nagô.
Com certeza ele está por aí papeando com o cientista Carl Sagan sobre os mistérios do universo, de quem era admirador incondicional e do qual possuía todos os livros: O Mundo Assombrado pelos Demônios, A Ciência Vista como uma Vela no Escuro, Os Dragões do Éden, Cosmos… E a série popularíssima dos anos oitenta: Cosmos: Uma Odisséia do Espaço-Tempo, criada pelo cientista, físico, biólogo, astrônomo, astrofísico, escritor, divulgador científico e ativista americano.
Seguidor das teorias do físico e kardecista convicto, costumava fundamentar seu ceticismo a respeito da bondade divina na seguinte máxima ‘saganiana’: “Algumas pessoas acreditam que Deus é um enorme homem de pele clara com uma longa barba branca, sentado em um trono em algum lugar lá em cima no céu, ocupado na contagem da queda de cada pardal. Outros – como Baruch Spinoza e Albert Einstein – consideraram Deus como essencialmente a soma do total das leis da física que descrevem o Universo. Eu não conheço nenhuma evidência convincente para a existência de um patriarca antropomórfico controlando o destino da humanidade a partir de algum ponto celestial escondido, porém seria uma insanidade negar a existência das leis da física.”
Encantou-se fazendo aquilo de que mais gostava: atender a população carente com quem se identificava e ficava horas conversando sobre cada detalhe dos sintomas da doença que estava afetando o paciente.
Você deixou saudades, Amigo! Exemplos de caridades impagáveis, insubstituíveis. Sua obra será tocada aqui na Terra por outras almas caridosas à lá Chico Xavier, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce e todos os voluntários universais que arriscam a vida para salvarem vidas. A realidade é cruel, mas há seres bondosos amenizando o sofrimento alheio da tirania humana.
Ah! Ia me esquecendo: Lula da Silva, o criminoso de Caetês, cometeu mais uma insanidade aqui na terra, das centenas que já cometeu contra o povo que você tanto amava, ao dizer que “ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus”, uma resposta esquerdopata de quanto pior melhor para o povo! Se você não tivesse se encantado, certamente teria morrido de infarto fulminante ao ouvir tamanha insensatez sem lhe poder prescrever a cicuta de Sócrates.
Um abraço do coração, Amigo! Que as cinzas da sua bondade iluminem os homens de boa vontade aqui na terra, devastada pelo Vírus Chinês.
Até breve!
“Ainda bem que a natureza criou esse monstro do coronavírus… para dizer que apenas o estado é capaz de dar solução a determinada crise.” Lula da Silva