Almanaque Raimundo Floriano
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Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Agenda Cultural terça, 25 de julho de 2023

DÓRIS MONTEIRO SE ENCANTOU: CANTORA MORRE AOS 88 ANOS

DÓRIS MONTEIRO SE ENCANTOU: CANTORA MORRr AOS 88 ANOS

Raimundo Floriano

Fonte Google

  • Por:Marcel Plasse
24 jul2023- 17h02
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Foto: Divulgação/Wikimedia Commons / Pipoca Moderna

A música brasileira perdeu uma de suas mais expressivas vozes. Dóris Monteiro, a cantora que antecipou a bossa nova, faleceu nesta segunda-feira (24/7) aos 88 anos, em sua casa no Rio de Janeiro. A artista, que estreou ainda na década de 1940, ficou conhecida pela "voz pequena", conforme ela mesma definia, e gravou mais de 60 álbuns ao longo de sua carreira.

Dóris Monteiro, cujo nome de batismo era Adelina Dóris Monteiro, nasceu no Rio de Janeiro em 23 de outubro de 1934. Filha de Glória Monteiro Murta, portuguesa que trabalhava como empregada doméstica, Dóris nunca conheceu o pai biológico. Sua trajetória na música começou cedo, quando aos 16 anos estreou na Rádio Nacional, no programa de imitações "Papel Carbono", de Renato Murce. 

A Precursora da Bossa Nova

Dóris Monteiro foi uma das precursoras do grande movimento da música brasileira no século 20, a bossa nova. Com sua "voz pequena", cantando coisas "mais mexidinhas", como sugerira a ela o compositor Billy Blanco, já cantava no estilo da bossa nova em 1957, quando gravou "Mocinho Bonito", de autoria de Blanco, a música mais tocada nas rádios brasileiras naquele ano. O espetáculo "O Encontro", com João Gilberto, Tom Jobim e Vinícius de Moraes, que marcou o início da bossa nova, só aconteceria cinco anos depois.

Dóris Monteiro teve uma carreira de sucesso tanto na música quanto no cinema. Seu primeiro disco, "Todamérica", lançado em 1951, com a canção "Se Você Se Importasse", fez um enorme sucesso. Além disso, a cantora estreou no cinema em 1953, em "Agulha no Palheiro", de Alex Viany. Fez mais sete filmes, incluindo o premiado "De Vento em Popa", de Carlos Manga, lançado em 1957, que lhe rendeu prêmios e reconhecimento, e "A Carrocinha" (1957), ao lado do comediante Mazzaropi.

Nos anos 1970, ela embarcou na MPB, gravando composições de Erasmo Carlos ("Glória, Glorinha", "Coqueiro Verde"), Caetano Veloso ("De Noite na Cama"), Antônio Carlos e Jocafi ("Mas que Doidice") e Sidney Miller ( "É Isso Aí", que foi redescoberta nos anos 1990, virando um hit das pistas da dança).

 

Ao longo da carreira, ela gravou mais de 60 álbuns de estúdio, a maioria pela Odeon, e participou em coletâneas e reedições posteriores. Alguns de seus maiores sucessos, além de "Mocinho Bonito", foram "Mudando de Conversa", composta por Maurício Tapajós e Hermínio de Carvalho, "Conversa de Botequim", de Noel Rosa, e "Dó-Ré-Mi", de Fernando César e Nazareno de Brito.

 
O Legado de Dóris Monteiro

Dóris Monteiro deixou um legado inestimável para a música brasileira. Sua voz suave e delicada marcou a história do rádio e do cinema brasileiro e também alcançou o cenário internacional. Em 1990, a convite da cantora Lisa Ono, realizou shows em Tóquio, Osaka e Nagóia, no Japão. Também se apresentou no Cassino de Punta del Este, no Uruguai, e em Lisboa e Coimbra, em Portugal, ao lado de Dorival Caymmi. Essas apresentações internacionais reforçam a importância de Dóris Monteiro para a música brasileira e seu reconhecimento além das fronteiras do Brasil.

A cantora, que nunca teve filhos, foi casada com o tecladista Ricardo Júnior, com quem manteve uma parceria artística que durou mais de 40 anos, só terminando com a morte do músico em março de 2017.

 

PALAVRA DO EDITOR

Mocinho Bonito, bossa nova, com Dóris Monteiro

 


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