Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quarta, 18 de setembro de 2024

DONA ANTÔNIA SE ENCANTOU: BRASÍLIA DÁ ADEUS À PODEROSA SECRETÁRIA DE TANCREDO POR 14 ANOS

Brasília dá adeus a Dona Antônia, secretária de Tancredo Neves por 14 anos

 

Assinatura do termo de posse na CEB, em 1º de julho de 1985, ladeada por José Roberto Arruda (E), Vinicius Fuzeira e Carlos Murilo -  (crédito: Arquivo CB/D.A Press. )

Antônia Gonçalves de Araújo morreu na noite de segunda-feira, e o corpo foi sepultado nessa terça-feira (17/9). Familiares e políticos expressaram pesar pela perda e enalteceram sua trajetória

 
Cerca de 100 pessoas, entre amigos e familiares, foram dar adeus a Dona Antônia -  (crédito:  Minervino Júnior/CB)
Cerca de 100 pessoas, entre amigos e familiares, foram dar adeus a Dona Antônia - (crédito: Minervino Júnior/CB)
 

Figura importante nos bastidores da política brasileira, Antônia Gonçalves de Araújo, que trabalhou por 14 anos ao lado de Tancredo Neves, foi um exemplo de amor à família e dedicação à função pública. O corpo da goiana de Pires do Rio foi sepultado na tarde dessa terça-feira (17/9), no Campo da Esperança da Asa Sul. Dona Antônia, como era conhecida, morreu na noite da última segunda-feira (16/9), em sua residência, na 112 Sul, aos 91 anos, por complicações de pneumonia e leucemia.

"Ela sempre foi muito atenciosa com as necessidades de todos os familiares, muito próxima, preocupada, sempre presente. Deixou marcas profundas em todos nós. Apesar deste momento triste, temos muito carinho e orgulho de quem ela foi", disse, com lágrimas nos olhos. "Foi uma mulher à frente de seu tempo, desbravadora, precursora. Trabalhou nos Estados Unidos nos anos 1950 e, de volta ao Brasil, desempenhou funções que não eram comuns para uma mulher solteira naquela época", acrescentou.

Para Maria Flávia Gonçalves, aposentada, 55, também sobrinha de Dona Antônia, a perda foi sentida de forma ainda mais intensa, pois via a tia como uma segunda mãe. "Ela era um pouco brava, mas com uma capacidade de amar incrível. Foi como uma mãe, pois perdi a minha muito cedo. Dona Antônia é um pedaço da minha mãe, e sou imensamente grata por tudo o que ela fez por mim e pela família", contou, emocionada.

A técnica em enfermagem Maria Lopes, 55, foi uma das cuidadoras de Dona Antônia, que sofria de Alzheimer, e recordou o carinho e os momentos de descontração, mesmo nos períodos mais difíceis. "Ela tinha um jeito especial de brincar, sempre nos fazia rir. Até seus últimos momentos, foi uma pessoa alegre, apesar das limitações. Faleceu segurando minhas mãos. Foi um momento triste, mas bem especial", confidenciou.

Gratidão

A trajetória de Dona Antônia é marcada como um exemplo de dedicação, força e inteligência. O presidente José Sarney lamentou sua morte. "Tenho profundo respeito pelo trabalho e pela história de Dona Antonia Gonçalves de Araújo. Ela foi muito importante na campanha e na eleição do presidente Tancredo Neves", disse ao Correio.

O ex-governador José Roberto Arruda, que foi colega dela na Companhia Energética de Brasília (CEB), descreveu a importância de Dona Antônia no cenário político brasileiro. "Ela foi uma peça-chave na redemocratização do Brasil. Como braço direito de Tancredo Neves, ela era quem filtrava as decisões e compromissos políticos. Foi uma mulher de personalidade forte, com uma visão política clara e uma sensibilidade apurada para entender as pessoas ao seu redor. Sem sombra de dúvidas, uma grande perda", afirma.

Para aqueles que com ela compartilharam experiências, a gratidão é imensa. "Ela tinha uma preocupação profunda com o uso correto dos recursos públicos e era extremamente respeitada por sua discrição e competência. Foi uma pessoa muito amiga e assim me lembrarei dela", destaca Vinícius Benevides, ex-vizinho e amigo, diretor da Adasa.

 


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