Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense segunda, 03 de dezembro de 2018

DOADORES DE VIDA

 


Doadores de vida
 
Gente anônima salva pacientes diariamente no Distrito Federal com um gesto simples: a doação de sangue. Cada bolsa coletada no Hemocentro ajuda até quatro pessoas a sobreviver. Conheça a história de quem faz o bem sem saber a quem

 

» Isabela Guimarães*
» Letícia Takada*
* Estagiárias sob supervisão de Adriana Bernardes

Publicação: 03/12/2018 04:00

Beatriz Vaz da Silva:  

Beatriz Vaz da Silva: "Era uma vontade antiga e foi muito gratificante"

 

Há 17 anos, o vigilante Genivaldo Borges botou os pés no hemocentro pela primeira vez. Era para ajudar um amigo que precisava de doação de sangue. O que era para ser um gesto único se tornou um hábito. “Desde aquele dia, nunca mais parei”, conta. Logo após a coleta, Genivaldo posa para uma foto feita pelo servidor que o atendeu. “É para incentivar meus colegas”, justifica.
 
As campanhas de doação de sangue, em geral, resumem bem o gesto: doar sangue é doar vida. E passado o receio inicial que muita gente tem do procedimento, geralmente o doador volta. Foi assim com Beatriz Vaz da Silva, 21 anos. “Era uma vontade antiga e foi muito gratificante. Na primeira vez, fiquei bem nervorsa, deu um friozinho na barriga. Mas agora, estou bem tranquila”, relata a jovem.
 
Cada bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas. No Distrito Federal, são feitas aproximadamente 70 mil transfusões por ano. O gerente do Ciclo do Doador do Hemocentro, João Rogério Cardoso de Oliveira, explica que a doação tem valor incalculável. “Quem doa sangue doa vida. O sangue é um produto que não pode ser substituído por remédio, depende da boa vontade de as pessoas virem até o hemocentro doar”, observou.
 
Grupos católicos de diferentes pastorais costumam fazer ações de fim de ano. Desta vez quatro deles, a Aliança Missionária Casa de Maria e os grupos Recomeçar, Feixe e Domini, se juntaram e reuniram cerca de 25 pessoas. A decisão surgiu a partir da vontade de fazer uma ação que não fosse de cunho material.
 
O estudante Gabriel Fernando Vasconcelos Teles, 21 anos, um dos participantes, é doador frequente e entende a ação como uma doação de si mesmo. “Jesus deu o próprio sangue por cada um de nós. Doar, além de ajudar ao próximo, reafirma nossa fé”, destacou.
 
Os grupos entraram em contato com o Hemocentro, que se interessou na ação intitulada de Vai e Faz; e até ofereceu um ônibus para fazer o transporte do grupo, além de instruir sobre o processo e desconstruir mitos sobre a doação. Gabriel ainda ressaltou a importância do ato. “Cada pessoa tem o potencial de salvar quatro vidas, então nosso grupo pode ajudar até 100 pessoas. Além disso, podemos servir de incentivo para que mais pessoas doem sangue”, acrescentou.
 
Para as doações em grupo, o Hemocentro realiza um treinamento quinzenal com orientações. O representante, chamado de multiplicador, é responsável por repassar as informações para os demais. O último treinamento de 2018 ocorrerá em 12 de dezembro, às 14h, na sede do órgão.
 
Conscientização
O Colégio Sigma realiza, todos os anos, uma gincana para os alunos do ensino fundamental e médio. A Semana Cultural, como é chamada, já está na 30ª edição e há pelo menos 25 anos tem, como um dos desafios, a doação de sangue. “A competição sempre visou abraçar todos os aspectos, desde o esportivo até o filantrópico. Então nada mais justo do que ter a doação com essa ideia de ajudar o próximo”, afirmou o professor de educação física e coordenador da gincana, Carlos Roberto Alves Teles.
 
Cada turma fica responsável por conseguir entre três e cinco recibos de doação de sangue em um período determinado pelo regulamento. Por ano, as quatro unidades da escola no DF conseguem aproximadamente 250 doadores com o projeto. “Isso impacta no banco de sangue de Brasília e contribui com a sociedade,” destacou o professor. Ao final da gincana, os alunos recebem um acréscimo na nota proporcional às atividades realizadas. “É extremamente gratificante o aluno entender que não é só pela nota que ele está fazendo a ação e, sim, pela ajuda ao próximo. Isso não tem preço”, completou Carlos Roberto Teles.
 
 
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