DO TREM SÓ A SAUDADE (CORDEL DA MADE SUPERIORA DALINHA CATUNDA, COLUNISTA DO ALMANAQUE RAIMUNDO FLORIANO)
DO TREM SÓ A SAUDADE
Dalinha Catunda
*
Era tempo de alegria
Nos trilhos do meu sertão
O trem que ia e voltava
Carregava em seu vagão
Fantasia aventureira
A ilusão passageira
Marcando cada estação.
*
Alegria na chegada
O choro da despedida
Entre abraços e promessas
Velhos dramas da partida
No lenço a dor da saudade
Fruto da felicidade
Que o coração deu guarida.
*
O tempo se vai ligeiro
Mas o trem fica parado
A lembrança no presente
Faz o seu sacolejado
E nesse seu movimento
Transporta meu pensamento
Aos bons tempos do passado.
*
Fotos e Versos de Dalinha Catunda