04 de maio de 2021 | 15h00
Todas as sextas-feiras o repórter Geoff Edgers hospeda uma live do Washington Post transmitido pelo Instagram, a partir de Massachusetts. Ele já entrevistou a comediante Tiffany Haddish, a atriz Jamie Lee Curtis e o músico Elvis Costello.
Recentemente Edgers conversou com a cantora Dionne Warwick. Abaixo alguns trechos do bate-papo:
Não. Quero dizer, como eu o salvei? Acho que estão se referindo aos meus tuítes, e na Páscoa dei um show virtual, que foi maravilhoso, e farei outro no Dia das Mães. Mas se eles acham que disse coisas que levantaram seu espírito e foram inspiradoras, vou rir, que é o que adoro fazer, e agradecer a vocês.
Eu observava minhas sobrinhas e sobrinhos no Twitter dando risadas. Estavam se divertindo e eu quis saber o que era tão divertido. Brittani disse, “estamos tuitando”. Perguntei o que era aquilo. Então ela me fez ver e quando me mostrou o que se passava no mundo do Twitter não fiquei muito contente com as algumas coisas que vinham sendo ditas.
A maneira como as crianças conversavam entre elas. Atacando uma a outra e se insultando. Se você vai conversar com alguém, converse com civilidade, e talvez a presença de um adulto nesse momento seja necessária. E aparentemente funcionou, você sabe, pois depois Jack (O CEO do Twittter Jack Dorsey) me telefonou.
Sim. Ele ligou e me disse, ‘Você é uma força tão positiva aqui porque se estivesse vendo o Twitter ultimamente veria que o tom mudou um pouco”. Acho que é porque tornei minha presença conhecida, fazendo perguntas primeiro e indo atrás das pessoas. E a alegria foi ver que havia risos por trás de tudo que eu tuitava. Queria respostas e as pessoas responderam sem problema. Então eu me tornei uma espécie de sociedade de admiração mútua, o que é maravilhoso, fazer amigos e ver que não têm nenhum problema em me perguntar coisas que são importantes para eles.
Não, não faço nada especial. Nunca fiz. A única coisa a fazer para preservar sua voz é descansar, o que é muito difícil às vezes. Mas basicamente essa é a fórmula. No ano passado não cantei uma nota, nem na minha casa. E na Páscoa estava com muito medo pois não sabia o que sairia da minha boca. Afinal não cantava há um ano e você sabe, como qualquer músculo, é preciso exercitar. Mas Deus chegou e me ajudou.
A que eu mais admiro é a versão de Luther Vandross de A House is Not a Home. Provavelmente é o maior elogio que você recebe quando alguém regrava uma música que você cantou.
Tudo se resume no fato de as pessoas se identificarem com uma música e desejarem gravá-la. Elas se apaixonam pela música e querem interpretá-la. E Aretha fez um trabalho magnífico.
Tudo tem a ver com a maneira que você foi criado. Minha mãe e meu pai eram maravilhosos, me apoiando, amando e incentivando. Meu avô era pastor e passei muito tempo estudando o Mundo. Não tinha nenhuma razão para ser outra pessoa que não a que sou. Isso sempre me foi ensinado.
Bem, éramos adultos e eles tinham certos valores que vinham da sua própria educação. E meu padrão de conduta é muito elevado. Portanto, você sabe, se não chegar ao meu nível, não vejo necessidade de estar ao seu lado.