Gravadora que, em 2018, assumiu o acervo da Top Tape, a Quebra Coco Records tem entre seus projetos o relançamento de clássicos da música na voz de novos artistas. A ideia é aproveitar o acervo de mais de duas mil canções da antecessora, que inclui trabalhos de nomes como Ney Matogrosso, Arlindo Cruz, Neguinho da Beija-Flor e Cauby Peixoto.
A Top Tape fez sucesso nas décadas de 1970 e 1980 tendo como carro-chefe os discos reunindo sambas-enredo, além de lançar álbuns de jazz, funk, blues, bossa nova e forró. Com sede na Barra, a Quebra Coco já relançou obras como “É hoje”, de Caetano Veloso; “O amanhã”, de Simone; e “Tico tico no fubá”, sucesso na voz de Carmen Miranda. Sócio e diretor da empresa, Bonne Rozenblit conta que em setembro será lançado, nas plataformas digitais, um álbum com sambas-enredo remixados:
— Cada música terá um intérprete, e o repertório inclui canções como “Bum bum paticumbum prugurundum”, samba de Aluísio Machado e Beto Sem Braço para o Império Serrano; e “Deusa da passarela”, interpretada por Neguinho da Beija-Flor, numa parceria com o Gabriel Boni, que, além de DJ, está fazendo a curadoria e a produção do projeto. Vamos dar uma roupagem mais eletrônica às obras, para ficar com um perfil de pista de dança de festas e boates. O objetivo é internacionalizar a cultura do nosso país, alinhando o que o público de fora está acostumado a ouvir com a linguagem brasileira.
Rozenblit explica que a Top Tape era uma empresa familiar. A sociedade se dissolveu, e ele herdou, do pai, a editora que detinha o acervo da gravadora.
“É hoje” foi regravada por DJ Lucce e Rodrigo Lampreia; “O amanhã”, por Rodrigo Sha, Pedro Tie e João Felippe; e “Tico tico no fubá”, pelo DJ João Brasil.