Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo quinta, 24 de janeiro de 2019

DICAS PARA TORNAR SEU CARNAVAL SUSTENTÁVEL

 

Confira sete dicas para tornar o seu carnaval sustentável

Do copo ecológico ao bloco que se preocupa com o material das fantasias, é possível brincar sem agredir o meio ambiente
 
 
Carnaval de Rua: Bloco Vagalume faz parceria com a COMLURB para conscientizar foliões sobre lixo nas ruas Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
Carnaval de Rua: Bloco Vagalume faz parceria com a COMLURB para conscientizar foliões sobre lixo nas ruas
Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
 
 
 

Quanta poluição cabe num bloco de carnaval? Todo ano milhões de pessoas tomam as ruas na maior festa a céu aberto do país, mas a quantidade de foliões é proporcional ao volume de lixo. A prefeitura do Rio coleta diariamente dez mil toneladas de resíduos em toda a cidade. No carnaval de 2018, foram coletadas 1.076 toneladas de detritos nos blocos, bailes de rua, Sambódromo e entornos em apenas dez dias de festa.

 

A produção excessiva de lixo não é um problema só para o meio ambiente, mas também atrapalha o conforto de quem quer aproveitar a festa num espaço limpo. Além disso, os resíduos nas ruas e esgotos sobrecarrega a equipe de limpeza urbana, uma situação que pode levar um tempo mais longo do que o feriado para se resolver. Na hora de curtir a folia gerando menos impacto ambiental, vale a pena resgatar aquela fantasia de outros carnavais e aproveitar estas sete dicas sustentáveis.

Brilhe com glitter biodegradável

 

É possível fazer purpurina em casa com materiais biodegradáveis Foto: Bárbara Lopes / O Globo
É possível fazer purpurina em casa com materiais biodegradáveis Foto: Bárbara Lopes / O Globo

Glitter e purpurina são acessórios indispensáveis nas produções de carnaval. Estão presentes dos pés à cabeça dos foliões, mas essas micropartículas de brilho são prejudiciais à natureza, em especial à vida marinha. O glitter é feito basicamente de plásticos, metais e químicos que não podem ser reciclados e levam muito tempo para se decompor. Além disso, o seu tamanho minúsculo torna quase impossível a filtragem pelo sistema de tratamento de esgoto. Assim, ele vai do seu corpo direto para os oceanos, se tornando mais um agravante da poluição por“microplásticos”, que afeta drasticamente o ecossistema.

É possível continuar brilhando no carnaval sem poluir o meio ambiente. Muitas marcas já produzem glitter biodegradável a partir de materiais naturais, como o pó de mica. Também é possível fazer o seu próprio glitter ecológico em casa, utilizando sal ou gelatina vegetal.

 

Faça seu próprio confete ecológico

Furador de papel transforma folhas secas em confete para o carnaval Foto: Reprodução: Instagram
Furador de papel transforma folhas secas em confete para o carnaval Foto: Reprodução: Instagram

Outra coisa que sempre tem nas festas de carnaval são os confetes e serpentinas, que no fim das contas são, literalmente, plástico e papel jogados no chão. Mais uma vez temos um problema de desperdício e produção de mais lixo desnecessário. Se você não abre mão de festejar com confete, uma alternativa é produzir o seu próprio utilizando papel reciclado ou melhor ainda, folhas e flores secas. Tudo que você precisa é de um furador de papel para produzir confetes biodegradáveis.

Invista em protetor solar vegano

A preocupação com a natureza deve ir muito além da produção de lixo. A indústria de cosméticos gera grandes impactos ambientais, mas os produtos dela são indispensáveis em alguns casos, como para se proteger do sol no carnaval. A época mais quente do ano exige menos roupa, o que torna necessário protetor solar para evitar danos à pele. É possível optar por aqueles que não prejudicam o meio ambiente e os animais. Marcas inovadoras de produtos veganos e cruelty free vendem protetores solares que além de não poluir ainda colorem a pele para incrementar os looks de carnaval.

Prefira as latinhas

Latas de alumínio são altamente recicláveis e esse processo consome apenas 5% de energia elétrica Foto: Pixabay/Pixabay
Latas de alumínio são altamente recicláveis e esse processo consome apenas 5% de energia elétrica
Foto: Pixabay/Pixabay

No carnaval não pode faltar bebida. Trocar as garrafinhas de vidro ou de plástico por latas de alumínio é uma forma mais sustentável e conveniente de matar a sede. As latinhas são as mais indicadas para eventos ao ar livre porque são altamente recicláveis e, quando descartadas corretamente, podem voltar às prateleiras do mercado em apenas 60 dias.

 

Leve seu copo e canudo reutilizáveis

Canudos de inox podem ser uma alternativa aos descartáveis Foto: Rodrigo Azevedo / O Globo
Canudos de inox podem ser uma alternativa aos descartáveis Foto: Rodrigo Azevedo / O Globo

Melhor do que produzir pouco lixo é produzir lixo nenhum, por isso, a melhor alternativa para se refrescar na folia é levar seu próprio copo e ficar com ele até o final. Já existem no mercado marcas especializadas em copos ecológicos que fazem parceria com festas de carnavalpara a não utilização de descartáveis. Além de não fazerem mal ao meio ambiente, os copos reutilizáveis são divertidos e descolados.

Os canudos plásticos descartáveis foram proibidos no Rio (a natureza agradece), mas na hora de tomar uma água de coco ele pode fazer falta. Por isso, a melhor opção é adquirir um canudo reutilizável e levá-lo com você não só no carnaval, mas no ano todo. Existem modelos de vidro, alumínio e bambu, de diferentes tamanhos e diâmetros. Muitos deles acompanham um acessório de limpeza e de armazenagem para facilitar o transporte.

Leve uma mochila para guardar o lixo

A quantidade de lixo acumulado nas ruas e calçadas durante o carnaval é enorme, aumentando a chance de entupir bueiros e causar enchentes. Uma atitude muito simples mas que pode fazer grande diferença é levar um recipiente para guardar o seu lixo. No tumulto dos blocos lotados muitas vezes é difícil encontrar uma lixeira, mas você pode guardar o lixo para ser descartado de forma correta ao invés de jogado na rua.

 

Blocos sustentáveis

Blocos de rua do Rio querem conscientizar foliões sobre poluição Foto: Ana Branco / Agência O Globo
Blocos de rua do Rio querem conscientizar foliões sobre poluição Foto: Ana Branco / Agência O Globo

Vale a pena ficar de olho na programação desse carnaval porque tem muitos blocos de rua com uma pegada sustentável e que se preocupam com a quantidade de lixo produzido pelos foliões. O Bloco Sargento Pimenta deixou de usar materiais que ficavam aos montes no chão após o desfile, como ventarolas e panfletos. Nos últimos eventos, o bloco fez parcerias com ONGs de catadores de lixo e de reciclagem, e segundo a responsável Nathália Trajano, isso deve se repetir em 2019.

O Suvaco de Cristo faz uma parceria com a ONG Divinas Axilas para produzir fantasias e acessórios para o desfile do bloco, além de customização de camisetas utilizando matérias reciclados.

O Galpão das Artes Hélio G. Pellegrino, da Comlurb, promove uma oficina que ensina a fazer bolsas a partir do reaproveitamento de banners encontrados no lixo. Elas serão usadas por voluntários que desfilam no bloco Vagalume, treinados para conscientizar os foliões sobre o descarte correto de latinhas, garrafas e demais detritos produzidos durante a passagem do bloco.

*Estagiária sob supervisão de Renata Izaal


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