Na quinta, Temer & cia. foram presos. Espernearam. Na sexta, os advogados entraram com pedido de habeas corpus. O julgamento foi marcado para quarta. Saiu na segunda. Ufa! A imprensa nacional e estrangeira divulgou o vaivém. Não deu outra. Os dias da semana entraram em cartaz. E chamaram a atenção.
Monday em inglês. Montag em alemão. Manadagr em escandinavo. Lunedi em italiano. Lunes em espanhol. Lundi em francês. Todos têm um significado: dia da Lua. O português fugiu à regra. O dia da Lua, aqui, se chama segunda-feira. Por quê? A história vem de longe. Lá dos sumérios e babilônicos. Ambos habitaram a Mesopotâmia (hoje Iraque) há cerca de 5 mil anos. Eles inventaram a divisão do tempo. Com eles nasceu a noção de dia, semana, mês e ano.
“Os astros são divinos”, pensavam eles. Por isso lhes consagraram os dias da semana. O Sol levou o domingo. A Lua, a segunda. Marte, a terça. Mercúrio, a quarta. Júpiter, a quinta. Vênus, a sexta. Saturno, o sábado. Com o cristianismo, as coisas mudaram. Lá pelo século 5o, a Igreja decidiu: “Vamos depurar o latim. Xô, expressões do mundo pagão!” Pronto. Nasceu o latim eclesiástico. A semana foi purificada.
Resultado: os dias ganharam nomes referentes ao mundo cristão ou nomes neutros. Nada de paganismo. Algumas línguas desconheceram a mudança. Outras adotaram o sábado e o domingo. O português, que nasceu no século 13, aceitou-a integralmente. O sábado veio do hebraico Shabbat, dia de descanso. (“Deus descansou no sétimo dia”, diz a Bíblia.) Dia do Sol virou domingo, de dominica, dia do Senhor (Cristo ressuscitou no domingo).
Os outros dias são dedicados ao trabalho. Feira, em latim, significa mercado. Segunda-feira é o segundo dia da semana. O primeiro, domingo. À época da criação do mundo, a semana inglesa não existia. Os súditos da rainha a inventaram tempos depois.