DIA NACIONAL DO CIGANO - 24 DE MAIO
Raimundo Floriano
Fonte: Google
O povo cigano só foi reconhecido como minoria étnica no Brasil com a Constituição de 1988. O Dia Nacional do Cigano foi instituído em 2006, por meio de decreto presidencial, em reconhecimento à contribuição da etnia cigana na formação da identidade cultural brasileira. A escolha da data deve-se ao fato de o dia 24 de maio ser dedicado à Santa Sara Kali, padroeira dos povos ciganos. A população cigana inclui os grupos Rom, Sint e Calon formados pela diáspora de um povo nômade originário do norte da Índia, que passou por várias regiões do Oriente Médio e Europa, e depois espalhou-se por outros continentes.
A população cigana está em constante movimento, seja pela sobrevivência ou pelo simples direito de existir em conformidade com suas tradições e valores. Não raro, é vista como intrusa e como ameaça à sociedade. Instituir uma data para homenagear os ciganos é também uma ação política, um esforço para que essa população se aproxime do Estado, tornando-se alvo de políticas públicas de inclusão, além de ser uma forma de se promover sua participação em conselhos e órgãos colegiados.
Para celebrar o dia e propor uma reflexão acerca das questões enfrentadas pelos povos ciganos, destacamos a palestra “Ciganos: mitos, estereótipos e exclusão social”, proferida por Aline Miklos, cigana, artista, professora de música e ativista em movimentos de afirmação da identidade dos grupos Roms, com a participação do Subprocurador-Geral da República Luciano Maia e da Juíza Federal Márcia Hoffmann do Amaral e Silva Turri como debatedores. O evento foi realizado em 6 de outubro de 2020, como parte do Projeto “Desnudando Preconceitos”, coordenado pela Desembargadora Federal Inês Virgínia e pelas Juízas Federais Márcia Hoffmann do Amaral e Silva Turri e Renata Andrade Lotufo, sob a direção da Desembargadora Federal Therezinha Cazerta, diretora da EMAG.