A prematuridade e as formas que essa condição pode ser evitada foi o tema do CB. Saúde — parceria entre Correio e TV Brasília — de ontem. À jornalista Carmen Souza, a médica pediatra e especialista em medicina intensiva pediátrica, Geanna Valentte, comentou sobre o que mais causa o nascimento de crianças antes do tempo, e colocou a infecção urinária como a principal causa. Ela ainda comenta que o ideal seria uma gravidez planejada.
Nós destacamos que em novembro é o mês da prematuridade, e informamos que é uma situação evitável. Prematuro é aquele bebê que nasce com menos de 37 semanas, a maior causa de prematuridade são as infecções maternas. A adesão ao pré-natal é de suma importância. Hoje, tanto no Distrito Federal, quanto no Brasil, temos o acesso ao pré-natal na atenção básica e nos postos de saúde. São realizados por médicos da família e enfermeiros habilitados e capacitados, a triagem é extremamente importante. As gestantes são triadas quando tem alto risco ou uma maior probabilidade de ter um parto prematuro, e são direcionadas para serviços de alto risco para evitar essa condição clínica muito delicada.
O que pode causar essa condição? Quais são os principais tipos de infecções?
A principal é a infecção urinária, podendo ser silenciosa. Qualquer alteração clínica da gestante precisa ser tratada, é a forma de evitar o parto prematuro. Desde a condição materna de hipertensão, até as alterações genéticas do bebê podem ser tratadas durante a gestação e acompanhadas (...) Além da infecção urinária, outras doenças também podem causar essa condição, a toxoplasmose, rubéola, chagas, hiv, entre outras.
O Mundo Ideal é que toda gestação seja planejada. Quando há uma gestação planejada, o próprio médico da família é capaz de orientar a gestante sobre os exames a serem feitos. Antes de ser iniciada, orientar o uso de ácido fólico, que é de suma importância no início da gestação, reduzindo o índice de bebês com mielomeningocele — aquele bebê com malformação na coluna —. É importante ressaltar que o médico da família tem total habilidade e capacidade de acompanhar um pré-natal muito bem feito. Ele faz essa triagem e quando há necessidade do ginecologista acompanhar, já é feito o encaminhamento para o especialista nos órgãos de referência.
Existe uma diferença entre o pronto-socorro e as internações de enfermarias UTI. Para a UTI, tem um critério muito bem definido sobre qual paciente deve ir ou não. Para as emergências pediátricas em si, nós temos uma dificuldade de déficit. Nós estamos fazendo ações, como o Fast Track, onde ocorre o desafogamento da emergência pediátrica com o remanejamento dos pacientes com menor risco para área ambulatorial dos hospitais. Nas UTI, as vagas que estão sendo solicitadas, são disponibilizadas. O paciente internado em UTI tem o risco muito maior de ter alguma bactéria multirresistente, isso é um ambiente de risco para todos. O que fazemos é uma higienização das mãos e utilização de capotes, é uma medida eficiente para controlarmos e evitarmos esse risco. Além das separações dos leitos dentro das UTI que obedecem um distanciamento mínimo.