Uma professora em sala de aulas – no Brasil
Somos humildes e compreensivos, até aonde a Natureza nos ensinou. Até aonde a Natureza, de forma pedagógica colocou um mundo repleto de bifurcações, e nos permitiu escolher livremente o caminho a seguir – para o acerto ou para o erro. A decisão foi, sempre, exclusivamente nossa. A nós, cabe o ônus da culpa, se é que ela existe – e a paga por isso.
Queremos, nesta pequena reflexão, render homenagem a alguém que sempre será tão importante nas nossas vidas, quanto nossos pais – o(a) Professor(a).
E o que estamos vendo nos dias atuais? Estamos confundindo “ escolarização” com “educação”. Faz muito tempo.
A escolarização é papel constitucional do gestor, enquanto peça relevante na instituição Estado; a educação é intrinsecamente, papel da família e de quem a conduz. Quando estivermos à altura do entendimento para agir e separar os caminhos, teremos dado importante passo.
Na escolarização, o entrave mora há anos na gestão. Governantes carreiam milhares de milhões para a “escolarização”, e ao mesmo tempo – sem a devida e necessária monitoração – entregam a chave do cofre, não para técnicos e/ou viventes da área. Fazem isso sem que a cara lhes trema, uma troca de favores aos que lhes apoiaram politicamente. Isso, sinceramente, não é caçar soluções de qualidade.
É melhor caçar Pokémon.
E o que acontece a partir daí? Ora, se a chave do cofre muda de mãos a cada mudança de gestão, acabaremos, inevitavelmente, indo a lugar nenhum. Sempre, e por séculos e séculos.
E quase sempre, aquele que “entra” pela artéria política (no caso, da politicagem), vai pretender “descobrir a pólvora” e ser o inventor da roda. Não se dá ao trabalho de verificar minimamente, se o antecessor produziu algo de bom que possa ser aproveitado, e fazer parte dos novos planos do abecedário. Tudo, literalmente tudo, vai para o lixo. Tem sido assim, infelizmente.
O Estado trocou de posição com a família. Paternalisticamente transformou a escola – lugar de escolarizar – num restaurante, onde acontece não apenas o milagre da divisão dos pães. Ali, comprovadamente, tem acontecido, também, o milagre do enriquecimento de alguns. E o aprendizado entra na rota do saque.
Ora, quem “descobriu” que num país que adota o português como língua principal, o Latim era importante para o conhecimento da etimologia da palavra? E qual foi o gênio, que fez entender que, aquilo não significava nada, e mandou o Latim para a lata do lixo, com giz, quadro negro, livro de chamada e tudo?
Ora, num país atualmente desmoralizado como o Brasil, a OSPB é algo dispensável na formação de jovens que, inexplicavelmente, vivem caçando Pokémon nos espaços onde deveriam estar caçando algo edificante?
E aí nos impuseram as mudanças sem alternativas democráticas. Vieram os “novos”, querendo roubar os louros de Anísio Teixeira, Darcy Ribeiro e tantos outros que dedicaram o seu bater de olhos e pulsar do coração à escolarização brasileira.
Não devemos (nem vamos) esquecer que, nesse novo patamar de entendimento de escola e de escolarização; de educação e de família – a figura do Professor vive dividida. O Professor virou “tio” ou “tia” e perdeu o caminho do seu mister, da sua essência: ensinar.
E esqueceu também, que, quem “ensina” também “aprende” junto. Ou, ainda, que quem se dispõe a ensinar, precisa saber mais do que quem se dispõe a aprender.
A cantilena, que não ousamos discutir se carregada de razões ou não, tem como mote o item “condições de trabalho” e o reconhecimento pecuniário.
Parabéns ao Professor!