Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Agenda Cultural quinta, 25 de agosto de 2022

DIA DO FEIRANTE - 25 DE AGOSTO

 

É DIA DE FEIRA: CHEGA MAIS, FREGUÊS!

 

É dia de feira!
 
O Dia do Feirante é celebrado A 25 de agosto. Conheça histórias desses trabalhadores que se dedicam a levar bons alimentos para a mesa do brasiliense

 

» BRUNA LIMA

Publicação: 23/08/2019 04:00

 

Além dos produtos fresquinhos, Helen não abre mão do atendimento (Ed Alves/CB/D.A Press)  

Além dos produtos fresquinhos, Helen não abre mão do atendimento

 



A banquinha de Claudimar oferece serviço de delivery (Ed Alves/CB/D.A Press)  

A banquinha de Claudimar oferece serviço de delivery

 

 
Acordar cedo, antes mesmo de qualquer raio de sol. Quando o galo inicia os primeiros cantos do amanhecer, a barraca já está montada, abastecida com frutas, verduras e alimentos dos mais variados tipos. A camisa suada e o corpo quente, enquanto boa parte dos trabalhadores ainda se esforça para levantar das camas. Com tudo pronto, é hora de ver o dia amanhecer e receber os clientes com disposição e sorriso no rosto. Para quem trabalha como feirante, o ritual é mais que uma rotina. É um estilo de vida.
 
Em 25 de agosto é comemorado o Dia Nacional do Feirante. Mas para Daniel Assis, 40 anos, não tem dia do ano que não seja dele. Às 3h30 sai de casa, em Alexânia (GO), com o caminhão carregado de hortaliças, que ele e a família plantam, cultivam, colhem e vendem, como forma de sustento. Antes de chegar ao destino final, na 307/308 Sul, faz uma parada para trocar produtos com outros feirantes.
 
“A gente não consegue produzir tudo, então, a gente oferece os nossos em troca de outros para que o cliente consiga encontrar tudo o que precisa na nossa barraquinha”, explica Daniel. Há sete anos no mesmo ponto, ele diz ter feito mais que clientela. “Esse cantinho é minha segunda casa e essas pessoas já são da família. Por isso, eu cuido dos meus clientes, oferecendo alimentos de qualidade. Eu vendo saúde e isso é muito gratificante”.
 
Moradora da quadra, a dona de casa Helen Vale, 43, é cliente assídua e gosta de aproveitar o tempo das compras para ter uma boa conversa. “É tudo muito gostoso, fresquinho e dá muito mais vontade de cozinhar. Mas o que eu não abro mão é do atendimento. Os meninos cuidam da gente até quando estamos doentes. Dizem qual alimento é bom para o que, ensinam receitinhas. É um contato que, nos tempos de hoje, a gente acaba perdendo. Aqui não”, brinca.
 
Os laços e as raízes que criou no ponto de vendas não é motivo para se manter estagnado. É o que afirma o feirante Claudimar Mendonça, 41 anos, sócio e cunhado de Daniel. “Hoje, a gente percorre Brasília com nosso serviço de delivery. É necessário observar as novas demandas para garantir atendimento. Até porque vivemos e respiramos isso, então não dá para acomodar”.


A feirante Luzinei perdeu tudo durante um incêndio na feira onde tinha um box, mas deu a volta por cima (Ed Alves/CB/D.A Press)  

A feirante Luzinei perdeu tudo durante um incêndio na feira onde tinha um box, mas deu a volta por cima

 



Há sete anos na 307/308 Sul, Daniel fez do ponto sua segunda casa (Ed Alves/CB/D.A Press)  

Há sete anos na 307/308 Sul, Daniel fez do ponto sua segunda casa

 

 
Rede parceira
 
Ficar estagnada também nunca foi opção para a feirante Luzinei Moraes, 45. Há 20 anos ela trabalha no ramo e, mesmo depois de ver a própria banquinha e de outros 23 colegas serem consumidas pelo fogo e perder tudo, não desistiu. “Parecia um pesadelo, mas foi real. Com dois filhos para criar, foi um momento muito difícil. Eu me reergui pela minha família, fazendo o que eu gosto”.
 
Em quatro dias da semana, Luzinei se instala em diferentes pontos da Asa Norte e do Colorado para vender hortifrutigranjeiros orgânicos de diferentes produtores do Distrito Federal e Entorno. Antes das 6h, um caminhão carregado chega até a tenda e, com a ajuda de outros colaboradores, organiza os produtos sobre as prateleiras móveis. “Tenho prazer em atender as pessoas, ao ar livre, sem estar presa em um local fechado. Vendendo alimentos fresquinhos, eu consigo frescor à minha vida”, diz.
 
Assim como Daniel, Claudimar e Luzinei, outras 30 mil pessoas exercem a profissão em uma das mais de 70 feiras livres e permanentes no DF, segundo dados do Sindicato dos Feirantes do DF (Sindifeira). “É um segmento unido, em que vários produtores trabalham de forma cooperativa para conseguir melhorar as vendas”, afirma o presidente do Sindifeira, Francisco Valdenir Elias.
 
São aproximadamente 100 mil pessoas que dependem, direta ou indiretamente, da renda das vendas nas feiras para garantir o próprio sustento e o da família. “Não é só o consumidor que ganha. Ele valoriza essa produção local e faz girar a economia, garantindo a subsistência de tantas pessoas que se dedicam a oferecer alimentos fresquinhos e de qualidade”, argumenta Francisco.

Incêndio
 
Em 2 de outubro de 2012, um incêndio consumiu completamente um galpão de palhoça onde eram vendidos produtos orgânicos, próximo ao Posto Flamingo, na subida do Colorado. O galpão, que abrigava o Empório Rural do Flamingo, tinha aproximadamente 400m² e contava com 24 boxes. A feira estava fechada no momento do incêndio, mas várias geladeiras, fogões e peças de artesanato foram destruídos pelo fogo.

 
30mil
Número de feirantes no DF
 
70
Feiras livres e permanentes atendem ao público
 
 
 

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