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Casal Luiz Carlos e Lea Maria passearam pelo Eixão: uso constante de máscara de proteção
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Passeio no Eixão Norte é colorido pela beleza dos ipês, característicos da estação
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Helder Garcia, com os filhos: "Costumávamos assistir ao desfile pela tevê, mas, como este ano não teve, optamos por sair de casa para nos exercitarmos um pouco"
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Sem o tradicional desfile de 7 de Setembro, cancelado como medida de prevenção à disseminação do coronavírus, brasilienses aproveitaram o feriado de temperatura alta e umidade baixa para curtir atividades ao ar livre. Com a temperatura máxima de 28,9ºC ao longo do dia, muitas pessoas apostaram em alternativas de lazer com a família em parques, na orla do Lago Paranoá e no Eixão.
David Fernandes, 35 anos, foi uma das pessoas que sentiu falta do desfile — que no ano passado reuniu 4,5 mil espectadores — e teve de encontrar outra forma de aproveitar o feriado. Nascido e criado em Brasília, ele afirma que sempre gostou de assistir aos desfiles do Dia da Independência, principalmente depois que o filho, Alef Fernandes, nasceu. “Mesmo ele tendo apenas 6 anos, gosta de ver os militares, os carros que costumam aparecer no desfile e, principalmente, a Esquadrilha da Fumaça. E nós não forçamos nada, é natural dele”, explica David.
Este ano, sem a atração, David decidiu ir ao Parque da Cidade Sarah Kubitschek com o filho. “As crianças estavam em casa desde o início da pandemia, e é complicado para eles. Por isso, achei que seria uma boa ideia passar o dia ao ar livre e brincando com meu filho”, considera o consultor de telecomunicações.
Mesmo optando por sair de casa, David explica que não deixa de cumprir as medidas de segurança e que está ciente da atual situação do país. “Sei que estamos no meio de uma pandemia e que os cuidados são extremamente essenciais. Porém, acredito que, se cada pessoa tiver responsabilidade e cumprir as medidas necessárias, será possível retomar algumas atividades”, diz.
Shirley do Nascimento, 47, e o marido, Fábio Lima, 38, também eram frequentadores assíduos das apresentações do 7 de Setembro. “Era uma tradição nossa chegar cedo e ficar até o fim de todos os desfiles”, diz Fábio. O técnico de automação considera que o evento é importante para a história do país. “Com o início da pandemia, imaginei que o desfile seria cancelado e entendo a situação. Mesmo assim, senti falta das apresentações, pois acredito que o evento ensine muito a todas as pessoas que têm a oportunidade de assisti-lo”, explica Fábio. Ele espera que, no ano que vem, a situação volte ao normal. “Estou ansioso para o desfile de 7 de Setembro de 2021”, completa.
Sem o evento, o casal decidiu passear por alguns pontos da capital federal. “Passamos o dia no Parque da Cidade e nos programamos para almoçarmos por lá e depois seguirmos para a Torre de TV e, quem sabe, comprarmos alguma coisinha”, conta Shirley. Os moradores do Paranoá garantem que estão seguindo todos os protocolos de segurança necessários para evitar disseminação do novo coronavírus. “Moramos sozinhos, utilizamos máscaras e realizamos a higienização, então, acredito que não há problema em sair de casa de vez em quando”, completa Fábio.
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Na orla do Lago Paranoá, frequentadores aproveitaram para se refrescar. Temperatura chegou próximo dos 30ºC
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Parque da Cidade também reuniu diversos frequentadores, a maioria respeitando o uso obrigatório de máscaras
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TuristasAlém dos próprios brasilienses, alguns moradores de cidades vizinhas aproveitaram o fim de semana prolongado para visitarem a capital federal. Foi o caso de Franklin do Santos, 45. Ele e a mulher, Pastoura Ribeiro, 38, saíram de Jardim Ingá (GO) com o filho pequeno e um roteiro em mãos: passar pela Prainha do Lago Norte, pela Orla do Lago Paranoá e Ermida Dom Bosco, e finalizar o dia no Pontão do Lago Sul. Franklin, que não visitava estes locais desde 2010, afirma que a decisão foi de última hora. “Estávamos em casa e não tínhamos mais nada para fazer. Por isso, pensei: por que não?”, diz.
O motoboy explica que, como a família ainda não conhecia esses pontos, o feriado prolongado foi o melhor momento. “Além disso, ouvimos falar muito bem, principalmente da Prainha”, diz. Encontrado almoçando com a família na Orla do Lago, Franklin elogia a estrutura do local e não se mostra preocupado com as possíveis aglomerações. “Em comparação com a última vez que vim, está bem melhor, mais organizado. Além disso, acho que cabe mais gente, fiquei impressionado”, afirma.
Silso Ramos, 43, mora em Brasília há 20 anos, mas visitou a Orla do Lago pela primeira vez durante este feriado. O morador do Riacho Fundo 1 é casado com Aurelice Veras, 42, e pai de um casal de crianças. Ele afirma que decidiu sair de casa no feriado por causa dos efeitos da pandemia nos filhos. “Ficamos sem opções de lazer em casa e começamos a procurar locais em Brasília para sairmos da rotina”, considera. Além disso, ele explica que o calor foi um fator extra. “Sempre ouvi falar desse lugar, mas nunca tinha tempo para visitar. No fim das contas, acredito que foi uma boa escolha”, completa.
CuidadosMesmo com tantas pessoas pelas ruas do DF, muitas não se esqueceram da atual crise sanitária. O casal Luiz Carlos, 72, e Leia Maria, 76, também saíram de casa durante a manhã do feriado, mas ainda estavam receosos. “Como somos do grupo de risco para a covid-19, evitamos ao máximo sair de casa nesses últimos meses”, afirma Luiz. Nesta segunda-feira, a intenção, segundo Luiz, era pegar sol e caminhar um pouco. “Essa movimentação faz falta no dia a dia, principalmente para nós que somos mais velhos. Mesmo com a saída, tomamos todos os cuidados possíveis como distanciamento e uso constante de máscaras”, afirma o aposentado.
Após a caminhada no Eixão, o casal iria direto para casa, na Asa Norte. “Estamos evitando pedir coisas por delivery. Por isso, vamos fazer o almoço em nosso apartamento e comer por lá mesmo”, informa Luiz. Além disso, o casal afirma que, por evitar sair de casa, recebe ajuda dos filhos com compras e outras necessidades. “Temos uma filha que mora mais perto e ela realiza compras tanto de mercado quanto de farmácias e outras coisas. Tudo para que a gente se exponha o mínimo possível ao risco”, completa Luiz.
Helder Garcia, 50, também esteve no Eixão na manhã desta segunda-feira. Na companhia dos dois filhos, ele aproveitou o sol e o calor para andar de bicicleta. E, mesmo com o distanciamento social, todos estavam utilizando máscaras de proteção. “Costumávamos assistir ao desfile pela tevê, mas, como este ano não teve, optamos por sair de casa para nos exercitarmos um pouco”, diz. Os planos da família para o feriado também se restringem ao passeio pelo Eixão. “Daqui vamos voltar direto para casa e almoçar por lá mesmo”, explica.