DIA DE SÃO PACÔMIO - 09 DE MAIO
HOMILIA - 09.05.23
HISTÓRIA DE SÃO PACÔMIO
Pacômio nasceu no ano 287, em Tebaida, Egito. Seus pais eram pagãos, bastante supersticiosos e prestavam culto a vários deuses. Pacônio, por sua vez, desde a infância, rejeitava tudo isso. De forma que seus pais nunca conseguiram que ele se comportasse como eles.
Aos vinte anos, Pacômio foi convocado para servir o exército do imperador. Neste serviço, foi preso na cidade de Tebes. Na prisão, Pacômio encontrou-se pela primeira vez com um grupo de cristãos. Ele nunca tinha ouvido falar de Jesus Cristo nem do cristianismo. Mas, o que ele presenciou nesse primeiro contato, transformou sua vida para sempre.
Estando à noite naquela prisão, passando fome, Pacômio recebeu uma porção de alimento da parte de alguns cristãos. Estes, tinham conseguido entrar escondidos na prisão. Tal gesto vindo de pessoas que ele não conhecia, o comoveu. Por isso, ele quis saber quem os tinha enviado àquele lugar tão ruim para ajudar a quem não conheciam. Os cristãos responderam simplesmente: "quem nos enviou foi Deus que está no céu".
Na noite abençoada, Pacômio se pôs em oração com aqueles cristãos, rezou a esse “Deus que é Pai” e viveu uma experiência singular. A partir das primeiras palavras que ouviu sobre Jesus Cristo e o Evangelho, sentiu em seu coração que esta era a fé que ele tanto procurava sem o saber. O Evangelho tocou seu coração de tal maneira que ele se converteu à fé cristã e agradeceu a Deus por ter sido preso.
Depois de libertado da prisão, Pacômio retornou ao Egito e procurou os cristãos. Lá, foi batizado e se uniu à comunidade. Depois, conheceu um eremita chamado Palemon. Este já era idoso e vivia afastado, dedicando-se à oração. Pacômio quis se tornar discípulo do ancião. A princípio, porém, Palemon não quis recebê-lo, sabendo que a solidão, os sacrifícios e a vida de oração dos eremitas eram para poucos. Pacômio, porém, queria e estava determinado. Tanto que convenceu o ancião de que poderia ficar.
Certo dia, enquanto caminhava e rezava, Pacômio ouviu em seu coração uma voz. Esta voz lhe dizia para construir naquele lugar, um mosteiro e que, tal obra, iria acolher muitos religiosos chamados para a vida monástica. Depois disso, um anjo apareceu a ele e o ensinou a maneira como deveria proceder a organização do mosteiro.
Pacômio começou, então, a trabalhar arduamente para cumprir a missão que recebera de Deus. Foi um ato de fé. Construiu tudo na fé e deixou tudo pronto. Então, depois, as profecias se cumpriram. Muitos que foram chamados para a vida monástica começaram a chegar se uniram a ele. Eremitas, religiosos e monges, vindos de várias localidades pediram para ingressar no mosteiro de Pacômio.
O mosteiro floresceu e o famoso bispo Atanásio, que, mais tarde, tornou-se santo e doutor da Igreja, deu aprovação eclesiástica à obra de São Pacômio. O próprio irmão do bispo, chamado João, distribuiu sua riqueza aos pobres, uniu-se a Pacômio.
São Pacômio inaugurou uma forma de vida monástica diferente no Egito. Ao invés de pequenos grupos ligados a um líder carismático, os mosteiros fundados por ele eram verdadeiras comunidades cristãs com regras detalhadas para a convivência em comum, para a oração e para o trabalho.
São Pacômio conseguiu, em vida, fundar outros oito mosteiros masculinos e ainda um feminino. A fama de sua santidade propagou-se por todo o país do Egito e também pela Ásia Menor. Deus deu a ele, em favor da comunidade, o dom da profecia. São Pacômio faleceu aos sessenta anos, em 347, atingido por uma peste que assolou todo o Egito. Sua obra perdurou de tal forma que, no século XII, ainda havia mais de quinhentos monges da Ordem que ele fundara. Sua celebração litúrgica foi instituída para o dia 9 de maio.
“Ó Deus, que destes a São Pacômio a graça de conhecer-vos e de se entregar a vosso serviço de tal forma que que toda a Igreja se beneficiou, dai também a nós a graça de conhecer a vossa vontade e de cumpri-la, servindo-vos de todo o coração. Por nosso Senhor jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém. São Pacômio, rogai por nós.”