DIA DE SÃO CRISPIM E SÃO FRANCISDO CARACCIOLO - 04 DE JUNHO
HOMILIA - 04.06.22
HISTÓRIA DE SÃO CRISPIM, O PRIMEIRO SANTO CANONIZADO PELO PAPA JOÃO PAULO II
Neste dia 4 de junho, lembramos o primeiro santo canonizado pelo Papa João Paulo II: São Crispim, que nasceu em Viterbo, na Itália, em 1668.
Chamado à vida religiosa, recebeu uma formação jesuíta. Porém, acabou entrando para a família franciscana, despertado pela piedade dos noviços. Ocupou cargos de grande simplicidade dentro da comunidade, como a horta, a cozinha, e tantos outros serviços onde ele testemunhava em tudo o amor de Deus.
Falava e vivia a seguinte frase: “Quem ama a Deus com pureza de coração, vive feliz e morre contente”.
Crispim deixou essa marca da pureza e da alegria. Ele viveu tudo com pureza de coração, foi feliz e morreu contente em 1748.
Que nosso caminho seja marcado pelo amor e pela verdadeira alegria.
São Crispim, rogai por nós!
HISTÓRIA DE SÃO FRANCISCO CARACCIOLO
Seu nome de batismo era Ascânio Caracciolo. Nasceu na Vila Santa Maria de Chieti, perto de Nápoles, Itália, no dia 13 de outubro de 1563. Sua família era fortemente cristã; tanto que, por parte de sua mãe, ele era parente de Santo Tomás de Aquino. Em sua família, ele foi preparado para ter uma vida bem sucedida nos negócios e na política. Por isso, teve uma vida social intensa para os padrões da época.
Quando chegou à adolescência, Ascânio Caracciolo escolheu a carreira militar. Estava se preparando para ingressar no exército quando pegou uma doença de pele rara, incurável e muito parecida com a lepra. Sua família tinha a possibilidade de lhe oferecer todos os tratamentos possíveis na época. E assim aconteceu. Porém, nenhum tratamento funcionou. Por isso, aos vinte e dois anos, Ascânio procurou a Deus com todo fervor, e pediu sua cura em oração. E ele fez uma promessa: se Deus o curasse, ele entregaria toda a sua vida a serviço da Evangelização. Pouco tempo depois, ele estava totalmente curado. Por isso, ele é invocado como protetor contra as doenças da pele.
Como Deus atendeu o pedido de Ascânio, curando-o de uma doença incurável, ele foi cumprir sua promessa. O que ele não sabia é que esta seria a felicidade de sua vida. Ele foi para Nápoles, estudar teologia. Lá, deslumbrou-se com as riquezas da sabedoria de Deus. Terminando o curso, foi ordenado padre e começou seu trabalho de evangelização com os “Padres Brancos da Justiça”. Estes padres, dedicavam-se ao trabalho com os doentes, os presos e os pobres.
Na congregação dos "Padres Brancos", havia um outro padre cujo nome era idêntico ao seu: Ascânio Caracciolo. Este, porém, era bem mais velho. E aconteceu que em 1588, o serviço dos correios errou e entregou ao Padre Ascânio jovem uma correspondência destinada ao Padre Ascânio idoso. A carta tinha sido escrita por dois padres: João Agostinho Adorno e pelo abade da abadia de Santa Maria Maior de Nápoles, Fabrício Caracciolo. Os dois pediam ao Padre Ascânio, idoso, que os ajudasse na fundação de uma Ordem Religiosa. A nova Ordem se chamaria "Ordem dos Clérigos Regulares Menores"
O jovem Padre Ascânio Caracciolo abriu a carta e leu-a como se ela tivesse sido enviada para ele. Ao Lê-la, sentiu o toque de Deus em seu coração, pois a nova Ordem, em fase de fundação, correspondia exatamente àquilo que ele gostaria de realizar em seu sacerdócio: dedicação total aos pobres e doentes, humildade e pobreza evangélica. Por isso, ele foi conversar com os dois padres que escreveram a carta.
Esclarecido e resolvido o mal entendido causado pelo Correio, e com a bênção do Padre Ascânio idoso, que percebeu a ação de Deus em todo o acontecido, Padre Ascânio jovem e os dois autores da carta foram para o Mosteiro dos Camaldulenses. Lá permaneceram em oração e jejuns durante quarenta dias. Rezaram e pediram a luz do Espírito Santo para a elaboraç&at