Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 03 de outubro de 2020

DIA DE SANTO ANDRÉ DE SOVERAL E COMPANHEIROS MÁRTIRES - 03 DE OUTUBRO

DIA DE SANTO ANDRÉ DE SOVERAL E COMPANHEIROS MÁRTIRES - 03 DE OUTUBRO

HOMILIA - 03.10.20

 

Santos André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e companheiros

No contexto das invasões holandesas no Brasil, e das guerras de religião entre os cristãos reformados e católicos, no ano de 1645, houve dois grandes massacres no Rio Grande do Norte. Realizados nas localidades de Cunhaú e Uruaçu, 30 membros da comunidade católica perderam suas vidas em ódio à fé.

Os massacres, perpetrados por Jacob Rabbi, um mercenário alemão a serviço dos holandeses, ocorreram com requintes de crueldade.

Em Cunhaú, no domingo, enquanto os fiéis celebravam a missa junto com seu pároco, o Pe. André de Soveral, Rabbi entrou na igreja acompanhado por sua tropa, composta por índios de várias etnias. Ao fecharem as portas da igreja – era o momento em que o padre elevava a hóstia consagrada, e os fiéis estavam ajoelhados – começaram os assassinatos. Os fiéis, percebendo que não haveria possibilidade de fuga, não reagiram; ao contrário se ofereceram como vítimas. O padre André, um ancião octogenário, exortava seus fiéis a bem morrer. Ele mesmo tombaria vítima de um golpe de adaga desferido enquanto ainda estava no presbitério da igreja.

Três meses após esse massacre, a tropa de Jacob Rabbi avançou e, na localidade de Uruaçu, no dia 3 de outubro de 1645, cometeu outro massacre em ódio à fé da comunidade católica: da mesma forma como haviam feito em Cunhaú, passaram a matar os fiéis com requintes de crueldade. O Padre Ambrósio Francisco Ferro foi duramente torturado.

Outro leigo, Mateus Moreira, ao morrer (seu coração fora arrancado pelas costas!), teria exclamado sua última profissão de fé: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento!”. No dia 5 de março de 2000, o papa São João Paulo II declarou um grupo de 30 mártires como bem-aventurados. Nessa ocasião, o papa disse:

São estes os sentimentos que invadem nossos corações, ao evocar a significativa lembrança da celebração dos quinhentos anos da evangelização no Brasil, que acontece este ano. Naquele imenso País, não foram poucas as dificuldades de implantação do Evangelho. A presença da igreja foi se afirmando lentamente mediante a ação missionária de várias ordens e congregações religiosas e de sacerdotes do clero diocesano. Os mártires, que hoje são beatificados, saíram, no fim do século XVII, das comunidades de Cunhaú e Uruaçu, do Rio Grande do Norte. André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro – presbíteros e 28 companheiros leigos pertencem a esta geração de mártires que regou o solo pátrio, tornando-o fértil para a geração de novos cristãos. Eles são as primícias do trabalho missionário, os protomártires do Brasil. Um deles, Mateus Moreira, estando ainda vivo, foi-lhe arrancado o coração das costas, mas ele ainda teve forças para proclamar a sua fé na Eucaristia, dizendo: Louvado seja o Santíssimo Sacramento

No dia 15 de outubro de 2017, o papa Francisco canonizou esse grupo, que é considerado como “os primeiros mártires do Brasil”. Eles, comunidades católicas inteiras, em meio às angústias das torturas e da violência, testemunharam o Cristo nesta Terra da Santa Cruz. Que seu exemplo possa continuar a nos inspirar.


Escreva seu comentário

Busca


Leitores on-line

Carregando

Arquivos


Colunistas e assuntos


Parceiros