DIA DE SANTA PELÁGIA - 08 DE OUTUBRO
HOMILIA - 08.10.22
Originária da Antioquia, Turquia, Pelágia viveu no século III. Era uma bailarina belíssima, escandalosa, muito divertida, festiva e pagã.
Costumava encantar e seduzir os homens com sua dança, alegria, roupas, joias e outros ornamentos luxuosos que usava, exclusivamente, com essa finalidade. Com isso, tornou-se uma das figuras mais conhecidas da vida mundana e social daquela cidade. Além, é claro, de ter conseguido uma sólida riqueza e grande influência.
Sua fama ultrapassava os limites do movimentado polo econômico e social, pois muitos nobres ricos vinham apenas para poder estar com ela, que, cada vez mais, aumentava suas posses e poder.
De acordo com a estória, durante uma procissão, o Bispo Nono percebeu a presença de Pelágia entre o povo, numa atitude desinteressada e debochada. Iluminado por Deus o sábio bispo disse à multidão que se uma simples mulher era capaz de enfeitar-se tanto para os homens, quanto mais deveríamos nós enfeitarmos nosso interior para o encontro com Deus. Aquela observação tocou o coração da bailarina pagã.
Ela foi para casa refletindo sobre as palavras do sermão e ali chorou de arrependimento a noite toda. No dia seguinte, procurou o Bispo, que a enviou à uma senhora cristã, para ser preparada para o Batismo. Trocou as roupas e adereços de seda e ouro por uma túnica branca para ser batizada. Depois disso, retirou-se para Jerusalém, vivendo como eremita, numa gruta, no Monte das Oliveiras.
Viveu afastada de todos e conservou sua identidade sob segredo, passaodo o resto da vida disfarçada de homem. Somente quando morreu, os ermitãos descobriram que era uma mulher. Foi então que reconheceram tratar-se da bailariana da Antioquia, agora uma simples penitente arrependida, que se anulara do mundo, no seguimento do Cristo.