A bebida mais tradicional do Brasil acaba de ganhar uma programação especial no Distrito Federal. A primeira edição do Festival da Cachaça de Brasília começa hoje (22/5), das 12h30 às 23h, no complexo do Mané Mercado, na Arena Mané Garrincha. Organizado pelo Instituto Brasileiro de Integração (IBI) em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, o evento vai até 26 de maio e conta com diversos expositores nacionais, palestras, aulas de coquetelaria, apresentações musicais e, claro, muita degustação. A entrada é franca.
O polo gastronômico da festa está instalado no estacionamento do Mané, onde mais de 48 expositores de 12 estados mais o DF disponibilizam aos visitantes mais de 200 opções da bebida, entre elas, cerca de 50 premiadas, inclusive, em concursos internacionais.
Edilane Oliveira, diretora do IBI, destaca que o festival cumpre importante papel na promoção e fortalecimento da produção local do destilado. "Reunir os produtores do setor na capital do país reforça a cachaça como patrimônio nacional. Acredito que Brasília ganha um grande presente com o festival, mostrando os produtores de grande estilo que temos."
A expectativa da organização é atrair de 2 a 3 mil pessoas em cada dia do evento, entre amantes da cachaça e curiosos por experimentar as doses. "Até o fim do festival, esperamos vender em torno de R$ 6 milhões a R$ 8 milhões em produtos dos expositores, além das negociações geradas posteriormente", afirma a diretora da IBI.
João Chaves, dono da cachaça Remedin e presidente do Instituto Brasiliense da Cachaça de Alambique, popularmente conhecido como Cachaças de Brasília, explica que há 20 anos a produção da cachaça no DF começou com a Saracura, do padronizador Hélio Gregório. "Ao longo dos anos, com o início das produções nos alambiques Remedin e Cavaco, o envasamento anual na capital do país aumentou de mil litros, para 25 mil litros, em 2020", indica.
Quanto ao impacto na economia local, o presidente da Cachaças de Brasília destaca que até 2020, antes da instalação dos alambiques, o setor movimentava apenas R$ 250 mil por ano. Depois de 2020, o faturamento chegou a R$ 5 milhões anualmente. "O foco do festival é mostrar que temos uma capacidade produtiva e de consumo ainda muito superior a isso. Como Brasília é esse mix de culturas de vários estados do Brasil, acreditamos que muitas pessoas podem se agradar com a nova produção trazida, antes com acesso limitado", argumenta.
A programação musical é um dos pontos altos do Festival da Cachaça de Brasília, que reunirá clássicos da música regional, samba, sertanejo e chorinho. Entre os artistas que subirão ao palco estão Gilberto e Gilmar, Karika, Leandro Kato, Renato Teixeira e Rick e Rangel.
Além dos restaurantes do complexo Mané Mercado, o Brasis Ateliê Gastronômico, comandado pela chef Di Oliveira, completará as opções culinárias do evento. O bar de drinks será assinado pela chef Raquel Amaral, ex-participante do programa MasterChef Profissionais, que oferecerá uma experiência única de coquetéis com cachaça.
Confira a programação completa
Data: 22 a 26 de maio
Horário: 12h30 às 23h
Classificação: 18 anos
Oficinas:
22/05 - Desafios do mercado da cachaça
23/05 - Como beber cachaça
24/05 - Blend Experience
25/05 - Coquetelaria com cachaça
Música:
22/05
18h20 - Chorinho
21h - Gilberto e Gilmar
23/05
18h30 - Karika
21h - Rick e Rangel
24/05
18h30 - Chorinho
21h - Leandro Kato
25/05
17h - Karika
21h - Renato Teixeira
26/05
16h - Chorinho
19h - Heróis de botequim