O Estado de S.Paulo
24 Novembro 2018 | 04h00
Outras 52 queixas, segundo o Procon-SP, foram sobre mudança de preço ao finalizar a compra. Os consumidores também reclamaram de produto oferecido, mas nãodisponível, pedidos cancelados pelas empresas após a finalização da compra e sites fora do ar.
O tráfego, até as 19h, foi de 2299 ofertas, sendo que as bloqueadas foram 817
Foto: Alex Silva/Estadão
Com três dias de acompanhamento das promoções de Black Friday, o site Reclame Aqui já somava 4.058 reclamações, segundo a última parcial do dia divulgada ontem. Das 12h às 16h foram registradas, em média, 230 reclamações por hora. Em 2017, no mesmo período, a média foi de 199 reclamações por hora, um aumento de 15,6%.
Segundo o diretor de operações do Reclame Aqui, Felipe Paniago, o aumento do número de reclamações reflete o crescimento das vendas. “Naturalmente, se aumentam as vendas, aumentam as possibilidades de surgirem problemas”, diz. Ele diz, no entanto que a desconfiança do brasileiro com a Black Friday ainda é alta.
Um monitoramento do Reclame Aqui e do Twitter acompanhou o ânimo do consumidor na rede social. Das 0h às 15h de ontem, foram contabilizadas 3.780 citações, sendo 2.895 (76%) positivas e 885 negativas (24%). O volume de menções representa um aumento de 127% em relação ao mesmo período da quinta-feira.
“Percebemos que o consumidor ao ter a experiência de compra efetivamente pode viver a frustração em algum aspecto, o que pode contribuir para esta queda no índice positivo nas redes sociais”, disse.
Os números parciais de comercialização apontam que, neste ano, a data deve registrar um novo recorde de vendas. A Ebit/Nielsen, que monitora dados de tráfego e compras na internet, apurou que o volume de pedidos no varejo online ultrapassou a marca de 3,23 milhões na Black Friday de 2018, crescimento de 14% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O desembolso médio chegou a R$ 641, o que representa uma alta de 10%. / FELIPE SIQUEIRA, GABRIEL WAINER, MARINA DAYRELL, TALITA NASCIMENTO