O tempo ensina o pouco valor que se deve dar aos anéis. Às jóias. Cordões e Pulseiras nada valem. Adereços, apenas. Que fiquem os dedos e, junto com eles, o viço da idade pouca ou da experiência plena. Que restem as unhas como adorno terminal de finos dedos, a enfeitá-los, prontos para coçar um passado que se esconde na palma da mão cheia de calos. Que resistam imunes os dedos que apontam as mazelas, os mesmos que se benzem e fazem o sinal da cruz. Continuarei dedo mas sem anéis: de nada valerá tê-los. Por isso busco porto qualquer para ancorar os aros enfeitadores que adornam as dores das safiras, dos topázios e de todas as outras pedras. Os dedos, estes não: quero-os.