Encontrar um ipê-roxo em Brasília está fácil. Difícil mesmo é resistir à tentação e não parar para tirar uma foto. Grandes, pequenos, alguns cheios de flores, outros ainda florindo, eles enfeitam as ruas da cidade e ganham as redes sociais com belos registros feitos pela população. Seja contrastando com o céu azul ou com o marrom dos troncos secos do inverno, seja pintando o asfalto de roxo com as pétalas que caem no chão, a vegetação atrai lentes e olhares.
A técnica de enfermagem Maria Zinete Fontenele, 46 anos, o professor Sebastião Fontenele, 67, e o pequeno João Gabriel Fontenele, 9, neto do Sebastião, escolheram os ipês próximos ao Conic como cenário para a fotografia do trio. “Essa é a época em que a cidade fica mais bonita, mais alegre. Não tem como ver um ipê e não parar para tirar foto”, admite Maria. “O ipê é uma marca de Brasília e um diferencial nesse período de seca”, complementa o professor.
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Rogério Coelho cultiva ipês na cidade: – Amo a natureza.
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As atendentes Aline Carine Santos, 28, e Dhenny Laylla Santos, 19, também não resistiram à paisagem e deram uma pausa no caminho do trabalho para fazer imagens de um dos ipês perto da estação do metrô, na 108 Sul. “Eu acho maravilhoso. Tirei foto para poder mostrar a beleza dessa árvore, que é radiante”, comenta Aline.
Os ipês na área central de Brasília são alguns dos 200 mil pés espalhados pelo Distrito Federal. Segundo a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), a maioria deles fica no Plano Piloto, onde é possível encontrar 25 mil árvores da espécie.
A professora Fátima Campos, 65, tem o prazer de morar pertinho de muitos deles, na 704 Sul. Ela afirma que a quadra ficou conhecida como a dos ipês. “Eu acho maravilhoso. Vejo, todos os anos, e ainda fico aqui tirando foto para mostrar para os outros. Eles dão uma sensação boa. É um enfeite que a gente ganha de graça”, destaca.
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Maria, João Gabriel e Sebastião tiraram foto em ipê no Conic
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Encanto
Típica do cerrado, o ipê é caracterizado pelos troncos retorcidos e pela floração intensa. As árvores podem alcançar 12m de altura. O servidor público Rogério Ferreira Coelho, 53, não esconde o encanto pelo colorido da árvore. Em frente ao Conic, ele mostra com orgulho o ipê-amarelo cultivado por ele. “Eu plantei um amarelo para ele contrastar com os roxos que tem aqui. Eu amo a natureza e vejo muitas árvores morrendo”, lamenta.
Segundo a Novacap, Brasília deve ganhar mais 10 mil pés de ipê neste ano. Os ipês-roxos permanecem até o mês de julho, encontrando-se com os ipês-amarelos no fim do mês. Depois, é a vez do branco, seguido pelo rosa, que floresce no início de agosto.
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Dhenny Laylla (E) e Aline Santos: encantamento na 108 Sul
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#missãoipêcb
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