Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sábado, 18 de julho de 2020

DE MANCHESTER A BRASÍLIA

Jornal Impresso

De Manchester a BrasIlia

 

 Devana Babu*

Publicação: 18/07/2020 04:00

Ian Curtis no Rainbow Theatre, imagem tirada do livro Ian Curtis & Joy Division %u2014 tocando 
a distância (Deborah Curtis/Arquivo Pessoal)  

Ian Curtis no Rainbow Theatre, imagem tirada do livro Ian Curtis & Joy Division " tocando a distância".

 

 
O aclamado disco Closer (Luciana Fátima/Divulgação)  

O aclamado disco Closer

 

 
Renato Russo foi muito inspirado pelo Joy Division: letras e danças (Reprodução da Internet)  

Renato Russo foi muito inspirado pelo Joy Division: letras e danças

 

 
Hoje faz quarenta anos que o álbum Closer, da banda Joy Division, foi lançado. Foi o segundo e último disco do grupo, cujo vocalista e letrista, Ian Curtis, cometeu suicídio em 18 de maio de 1980, um mês antes do lançamento oficial do disco, em 18 de julho. Se estivesse vivo, Ian Curtis teria completado 64 anos na quinta-feira passada. Apesar da morte precoce e da curta trajetória da banda, o impacto do grupo e dos dois álbuns foi tremendo.
 
A história da banda começou em 1976, depois que a seminal banda punk Sex Pistols se apresentou em Manchester, em 20 de junho. Dizem que, por onde os Sex Pistols passavam, inúmeras bandas se formavam, e naquela fria cidade industrial não foi diferente. Na plateia, estavam Bernard Samner e Peter Hook, futuros guitarrista e baixista da Joy Division, cuja formação se consolidou com Ian Curtis no vocal — outro presente no show dos Pistols — e Stephen Morris na bateria.
 
Com uma postura bem punk no início, a banda logo derivou para um estilo mais pós-punk, no qual foi pioneira. A sonoridade seca e exasperada dos instrumentos, as experimentações eletrônicas instigadas pelo produtor Martin Hannet e as letras existencialistas de Ian Curtis conquistaram inúmeros jovens e futuros artistas no mundo.
 
Um destes jovens foi Renato Russo, introduzido à banda por André Mueller, baixista da Plebe Rude, também conhecido como André X. André morava na Inglaterra com a mãe e ouviu a música Transmission pela primeira vez no programa de rádio de John Peel, importante DJ britânico. Depois, os Buzzcocks foram tocar no Top Rank Club, na cidade de Sheffield, onde André morava, e a banda de abertura era o Joy Division. “Naquela época, as bandas que estavam no topo escolhiam a dedo as bandas de abertura”, lembra o músico. “Foi um dos poucos shows em que a banda de abertura tinha apenas um compacto lançado. Dava pra saber que era a história se fazendo naquele momento”, recorda.
 
De volta a Brasília, André recebeu da Inglaterra, remetido pela mãe, o recém-lançado Closer. “Lembro que o Renato foi lá em casa e a gente ficou ouvindo aqueles teclados, não como no rock progressivo, mas mais atmosférico. Aquelas letras. Aquilo marcou muito a gente. Várias letras da Legião Urbana, da Plebe Rude e do Capital Inicial éramos nós tentando trazer essa dinâmica de sentimento sem ser clichê”, analisa.
 
O escritor e editor-chefe do jornal Estado de Minas, Carlos Marcelo, contabiliza que o nome da banda é citado 14 vezes em seu livro Renato Russo — O filho da revolução. “Joy Division foi uma das maiores referências musicais e estéticas para o rock de Brasília nos anos 1980. Além da sonoridade, a estética clean do grupo influenciou as bandas brasilienses. A capa do primeiro disco da Legião Urbana, por exemplo, lembra a capa de Closer, um dos trabalhos marcantes do designer inglês Peter Saville”.
 
Em páginas
 
No rol das homenagens aos 40 anos de lançamento do álbum Closer está o lançamento do livro Joy Division – Closer: Testamento musical, do escritor paulista Arlindo Gonçalves, pela editora Estronho. Autor de diversos livros de prosa, poesia e fotografia, Arlindo lançou sua primeira obra dedicada à banda Joy Division, In Aeternum – Joy Division, em 2018. Com a chegada dos 40 anos do álbum Closer, o autor pretendia lançar uma versão revista e ampliada do livro, o que se mostrou inviável e deu vasão a uma ideia mais ampla.
 
O novo livro, além de ser mais focado no último álbum da banda inglesa, traz uma miscelânea de formato e linguagens para formar uma espécie de biografia afetiva, ou seja, focada não só na história da banda mas, também, na relação dos fãs com a obra. Em um só livro, o leitor encontrará ensaios, análises críticas das letras e da capa do álbum, informações históricas sobre a banda, fotografias, contos ficcionais e ilustrações. O livro será lançado hoje, a partir das 16h, com uma série de lives e bate-papos em diferentes perfis nas redes sociais. Para mais informações e links, acesse a página In Aeternum – Joy Division no Facebook.
 
*Estagiário sob supervisão de Igor Silveira
 
 
 (Arlindo Gonçalves/Divulgação)  
 
Joy Division — Closer: Testamento musical
De Arlindo Gonçalves. Editora Estronho, 264 páginas. Preço sugerido: 
R$ 44, à venda pelo site da editora (lojaestronho.com.br).
 

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