Na última quinta-feira, a jornalista, escritora e professora Dad Squarisi, nos deixou e se tornou ancestral para seus familiares e também para a equipe do Correio Braziliense. Seguiu, com serenidade, para o universo — espaço que considero ser a expressão material de Deus. Tornou-se mais uma luz no firmamento.
Ela era a nossa salvação. Sempre que tínhamos dúvidas quanto à concordância em frase ou se parte do texto era realmente compreensível para todos os leitores, ela corrigia os erros, sugeria a melhor forma de expressarmos o pensamento. Eram pequenas aulas e que jamais seriam esquecidas. Essas atitudes não restringiam-se à equipe do jornal. Gente de todas as partes — leitores, estudantes, profissionais de diferentes áreas de atividade e por aí vai — bastava telefonar. Dad sanava as dificuldades, com muita gentileza e didática.
Até agora as mensagens de conforto e de exaltação das virtudes da Dad não param de chegar pelo WhatsApp e pelo e-mail da editoria de Opinião. Elas veem não só dos fãs brasilienses, mas também outras cidades do país, assinadas por pessoas que seguiam a coluna Dicas da Dad, publicadas duas vezes por semana — articulistas, expertises de diferentes áreas do saber, missivista, que colaboram com a coluna "Sr. Redator", leitores assíduos do jornal. Surpresos, lamentam a partida da professora e, como a maioria da redação, reconhecem que ela deixou um vácuo, com certeza, impreenchível.
Não lembro-me mais da data em que cheguei à editoria de Opinião. Mas recordo-me do momento em que Dad perguntou-me se aceitaria trabalhar com ela. O inesquecível amigo Adriana Lafetá havia deixado o jornal — um querido que também foi para os braços do universo em 3 de outubro de 2022. Fiquei muito surpresa com o convite. Aceitei.