CRIPTOGRAMAS
O termo criptograma é o resultado da fusão das palavras gregas cripto – oculto, obscuro – e grama – escrita, figura –, significando, portanto, o texto incompreensível de uma mensagem ou imagem. Nos serviços internacionais de espionagem, a pessoa que decifra tais enigmas é denominada parafrasta, expressão esta que especifica uma de minhas habilidades.
Em meus tempos de infância e adolescência, os grandes laboratórios distribuíam, todo mês de dezembro, almanaques com o calendário para o ano seguinte, contendo ainda matéria informativa, científica, literária, recreativa e humorística. Eram a miniatura do nosso Jornal da Besta Fubana, verdadeiro almanaque nos dias atuais. O mais famoso deles, Almanaque Capivarol, trazia, na última página, uma Carta Enigmática, a cujos decifradores prometia brindes especiais.
No final do ano de 1948, quando eu tinha 12 anos de idade, o prêmio oferecido pelo Almanaque Capivarol de 1949 seria “um útil e interessante brinde” sem, no entanto, especificar sua natureza. Decifrei a Carta e enviei a resposta para o endereço indicado e, logo em seguida, viajei para Floriano, onde me submeteria ao Exame de Admissão ao Ginásio. Aqui vai a solução:
“Sirvo-me da presente para levar ao vosso conhecimento que há mais de dois anos vinha sofrendo de muita fraqueza, desânimo e falta de coragem. Aconselhado a usar o maravilhoso Capivarol, dele fiz uso e só com 3 vidros obtive a minha saúde de outrora. Ofereço-vos minha fotografia autorizando-vos a fazerdes dela e desta o uso que vos convier. (a) Antônio Estrela Leite.”
Em Floriano, até me esqueci desse assunto. Lá, recebi uma carta de Seu Rosa Ribeiro, meu saudoso pai, comunicando-me que chegara em casa uma encomenda do Laboratório Capivarol endereçada para mim. Era o prêmio! Fiquei ansioso para conhecê-lo, o que se deu em julho, quando retornei de férias.
Ao abrir o pacote, a surpresa: uma dúzia de ondulótis, como dizia o rótulo da caixa, ou seja, 12 bobes! Isso mesmo, aqueles rolinhos de plástico que Dona Florinda usa nos cabelos para conquistar o Professor Girafales!
Minha intenção aqui é relembrar um pouco desse feliz passado e também exigir um bocado da imaginação e perspicácia dos nossos queridos leitores.
Não é tarefa simples, já vou avisando. Puxa muito pela cabeça. A cultura de almanaque requer um bocado de vivência, malícia, acuidade. Por exemplo, quantos buracos temos no corpo? Você, apressadinho, respondeu: – Nove! Contou os sete da cabeça mais os dois dos países-baixos. Mas são onze! – Onze? Sim, você deixou de contar os dois buracos dos peitos!
Os criptogramas abaixo, em sua maioria, estão relacionados à comunidade fubânica, aos colunistas, palpiteiros e comentaristas que, diariamente, assinam ponto no Jornal da Besta Fubana. Vamos a eles, com algumas imagens colhidas no Google :
CRIPTOGRAMA 01 (Fácil, para da uma ideia do raciocínio)
CRIPTOGRAMA 02
CRIPTOGRAMA 03
CRIPTOGRAMA 04
CRIPTOGRAMA 05
CRIPTOGRAMA 06
CRIPTOGRAMA 07
CRIPTOGRAMA 08
CRIPTOGRAMA 09
CRIPTOGRAMA 10
CRIPTOGRAMA 11
CRIPTOGRAMA 12
CRIPTOGRAMA 13
CRIPTOGRAMA 14
CRIPTOGRAMA 15
CRIPTOGRAMA 16
CRIPTOGRAMA 17
CRIPTOGRAMA 18
CRIPTOGRAMA 19
CRIPTOGRAMA 20 (O mais difícil de todos)
RESPOSTAS:
01 - A GALINHA BOTA OVO
02 - RAIMUNDO FLORIANO
03 - BRASÍLIA CAPITAL DA ESPERANÇA
04 - JORNAL DA BESTA FUBANA
05 - LUIZ BERTO
06 - PAULO CARVALHO
07 - CARLITO LIMA
08 - JORGE FILÓ
09 - FÁBIO CABRAL
10 - CARLOS AIRES
11 - LEONARDO LEÃO
12 - ANA RIOS
13 - DO JUMENTO AO PARLAMENTO
14 - NEIDE SANTOS
15 - MACIEL MELO
16 - XICO BIZERRA
17 - ZELITO NUNES
18 - VALTER AZEVEDO
19 - RAIMUNDO FLORIANO
20 - MARIA JURACI (Lembram-se dos buracos?)