Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sexta, 04 de junho de 2021

CORPUS CHRISTI: DIA PARA RENOVAR A FÉ

Jornal Impresso

 

Dia para renovar a fé
 
 
Com distanciamento social e máscaras, fiéis se uniram em ação de graças nas igrejas de Brasília. Este é o segundo ano em que o feriado de Corpus Christi é vivenciado com restrições para evitar o contágio da covid-19

 

» Talita de Souza

Publicação: 04/06/2021 04:00

Missa de Corpus Christi na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida foi celebrada por dom Marcony (Ed Alves/CB/D.A Press)  
Missa de Corpus Christi na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida foi celebrada por dom Marcony
 
“Em meio a tantos problemas, a fé é justamente o que nos dá o sustento, nos faz ter forças e uma orientação. Ela é o que nos coloca no caminho”. O depoimento do servidor público Tadeu Rocha explica a presença dele e de mais 200 pessoas na missa de Corpus Christi da Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, celebrada ontem. 
 
Junto aos sacerdotes, os fiéis cantaram, rezaram, fizeram votos de agradecimento e pedidos de proteção, enquanto raios de sol que transpassavam os vitrais da igreja iluminavam o salão durante toda a celebração. Apesar da grande participação presencial, o distanciamento foi respeitado, assim como o uso da máscara. Além disso, os religiosos tiveram de aferir a temperatura para entrar no templo. A hóstia, tradicionalmente entregue pelo ministro da fé na boca do fiel, foi distribuída na mão de cada participante.
 
Este é o segundo ano em que a data é vivenciada com restrições para evitar o contágio da covid-19. No entanto, as medidas não impediram o exercício da fé e as ações de graça, símbolo da data.
 
“É uma data muito importante, um dia esperado, que celebra o Corpo de Cristo e a presença dele que continua entre nós. E celebramos aqui, comungando”, explica Amanda Rocha, esposa de Tadeu. Os dois são pais de Clarissa, de 1 ano e seis meses, que explorou a Catedral e observou atentamente cada rito. A família afirma que a fé que cultivam, principalmente neste tempo, traz esperança e a segurança de que cada dia pertence a Deus. 
 
Já o empresário Marcos dos Santos, 36 anos, aproveitou a missa para compartilhar com os filhos, Caio, 5 anos, e Nathan, 8, a importância da Catedral na história dele. Marcos chegou a dormir em frente à igreja para conseguir uma vaga para realizar o casamento dele no local, em 2017. “A Catedral tem um valor sentimental e espiritual muito grande. Estar aqui e ver tudo de perto é maravilhoso demais”, conta. “Também quero que eles tenham vivência de fé, como eu”, afirma.  


Tapete que prepara o caminho de Cristo, feito pela Paróquia Santa Rita de Cássia, no Lago Sul (Ed Alves/CB/D.A Press)  
Tapete que prepara o caminho de Cristo, feito pela Paróquia Santa Rita de Cássia, no Lago Sul


O empresário Marcos dos Santos esteve presente com os dois filhos, Caio e Nathan, na missa na Catedral (Ed Alves/CB/D.A Press)  
O empresário Marcos dos Santos esteve presente com os dois filhos, Caio e Nathan, na missa na Catedral


O casal Amanda e Tadeu Rocha com a filha Clarissa durante a celebração (Ed Alves/CB/D.A Press)  
O casal Amanda e Tadeu Rocha com a filha Clarissa durante a celebração


 
Mensagem de ânimo
 
A palavra ministrada pelo bispo auxiliar de Brasília dom Marcony Vinícius encorajou os fiéis a terem esperança e fé durante a pandemia. “Esses tempos difíceis vão passar. Não desanimem. Agradeçam a Deus e peçam que ele aumente a nossa fé”, aconselhou o religioso. Ele também convocou os participantes a viverem de acordo com o que aprendem com Jesus, e que “o maior problema da fé é a diferença entre o que ouve e o que se vive”. 
 
Isabela Rodrigues, 17 anos, conta que a mensagem a renovou. A jovem sonha em cursar psicologia e afirma que a missa a ajudou a ter mais confiança no planejamento. “Saio com mais esperança de um mundo melhor, e sonhando também com o meu futuro”, conta. Ela foi à missa com o irmão, Pedro Henrique Rodrigues, 18, e o primo Gabriel Rodrigues, 19. 
 
Moradores de Sobradinho 2, eles reservaram o sábado para participar de mais uma missa e conhecer outros pontos turísticos. Gabriel, natural do Maranhão, esteve pela primeira vez no local. “A Catedral é muito linda e a missa daqui foi algo que eu nunca tinha visto antes. Incrível”, diz. 
 
Tradição 
 
A Paróquia Santa Rita de Cássia, no Lago Sul, manteve a produção do tradicional tapete, que representa o preparo do caminho para o corpo de Cristo. Para evitar o contágio contra a covid-19, a montagem foi feita durante a noite, quando não há circulação de fiéis, e com número reduzido de pessoas na produção, além de uso de máscaras em todo processo de criação. O resultado foi um tapete com cerca de 14 metros, feito com areia e serragem tingida, com a reprodução de símbolos sagrados, como o cálice e a Nossa Senhora de Aparecida. 
 
Para o padre Iran Preusse, líder da Paróquia, tanto a tradição do tapete quanto a missa de Corpus Christi em si é um “testemunho público da fé”. “Esta é uma solenidade de tradição secular, que nasce na Bélgica. Cremos que a Eucaristia é o corpo, alma e divindade de Cristo. Por isso, é um dia especial por excelência”, pontua.

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