Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quinta, 18 de fevereiro de 2021

CORONAVÍRUS - SAÚDE DO DF ATIVARÁ 100 LEITOS

Jornal Impresso

CORONAVÍRUS
 
Saúde ativará 100 leitos de UTIO
 
Governo do Distrito Federal (GDF) abrirá, na próxima semana, 36 vagas, seguidas de outras 60, em até 10 dias. Medida visa garantir atendimento à população, principalmente após aumento da procura por pacientes do Entorno e de BA, MA e PI

 

Publicação: 18/02/2021 04:00

Ontem, das 162 vagas em unidades de terapia intensiva (UTIs) para pacientes com covid-19, apenas 24 estavam livres, e duas, aguardando liberação (Breno Esaki/Agência Saúde)  
Ontem, das 162 vagas em unidades de terapia intensiva (UTIs) para pacientes com covid-19, apenas 24 estavam livres, e duas, aguardando liberação

» ANA ISABEL MANSUR
» EDIS HENRIQUE PERES
» JÉSSICA MOURA
 
Após a identificação da cepa britânica do novo coronavírus (Sars-CoV-2) em circulação na capital do país e em cidades do Entorno, além da pressão da procura por atendimento no DF, o Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou a abertura de 100 leitos em unidades de terapia intensiva (UTIs) para pacientes com covid-19. A informação, antecipada ontem ao Correio, é de que serão 36 novos na próxima semana e 60 em até 10 dias. Ontem, houve a abertura de cinco, contratados pela Secretaria de Saúde, no Hospital Daher, no Lago Sul.
No momento, a preocupação com a rede de saúde pública do DF tem relação com a chegada de pacientes de outras unidades da Federação, principalmente da Bahia, de Goiás, Minas Gerais e do Piauí. Atualmente, o Distrito Federal conta com 162 leitos de UTI destinados a pacientes com a doença, sendo 49 contratados de hospitais particulares. Ontem, a taxa de ocupação estava em 83,95%, com apenas 24 vagos e outros dois bloqueados, no aguardo de liberação. 
 
O governador Ibaneis Rocha (MDB) reconhece a situação de alta demanda, especialmente diante da transferência de pacientes de outras partes do país para o DF. “Não são apenas pessoas que moram no Entorno, mas também de cidades mais distantes — da Bahia, de Minas e até do Piauí — que estão buscando atendimento aqui”, afirmou. O chefe do Buriti destacou, porém, que nenhuma pessoa de fora que procurou assistência no DF ficou sem tratamento. “Conseguimos leitos para todos, mas a situação tem se agravado na medida em que essa eficiência atrai moradores de outras cidades. Mas todos serão acolhidos. Estamos trabalhando para reforçar nossa rede”, completou.
 
Agora, o chefe do Executivo local trabalha para conseguir novas vagas na rede particular para a população, com recursos do Ministério da Saúde. A pasta federal deve publicar, em breve, uma portaria para regularizar o pagamento de leitos de UTI em hospitais privados. “Pedi ao ministro (da Saúde, Eduardo) Pazuello para que o pagamento fosse feito por UTI usada. É o mais justo. De qualquer forma, ele garantiu que todos serão efetivamente pagos e, para mim, a palavra dele basta”, ressaltou Ibaneis.
 
O secretário Osnei Okumoto disse que a abertura de vagas ocorre diariamente: “Estamos ativando os novos leitos dia após dia. Levantamos a possibilidade de acordo com a necessidade e inauguramos quando possível. Ao longo da próxima semana, devemos ativar em torno de 36”, afirmou.
 
O infectologista Julival Ribeiro teme que ocorra, no DF, o mesmo visto em outras unidades da Federação após as festas de fim de ano. “Daqui a 14 dias, pode surgir um número muito maior de casos, sobretudo, se essa variante do Reino Unido estiver circulando muito aqui e, com isso, aumentarem os número de casos, de internações, de gente precisando de UTI, podendo levar à morte. O que as pessoas têm de fazer é respeitar as medidas sanitárias”, destacou o infectologista Julival Ribeiro.
 
Outro tema que preocupa, diante da situação de colapso que estados têm enfrentado envolve a quantidade de oxigênio disponível. No DF, a Secretaria de Saúde informou apenas que a capital federal está abastecida e que há estoque suficiente para atender toda rede pública. “Não há perigo de escassez do insumo. O contrato da SES-DF não é por quantitativo de cilindros. A pasta paga pelo metro cúbico abastecido”, informou o órgão.
 
Ontem, o Distrito Federal confirmou mais 10 mortes e 583 novos casos da covid-19. Com os registros, o total de vítimas da doença chegou a 4.718 (1,6% do total), com 286.720 infectados, dos quais 96,7% se recuperaram. Ontem, a média móvel de casos ficou em 581,57 — queda de 26,5%, em relação ao resultado de 14 dias atrás, 3 de fevereiro. Quanto às mortes, na comparação com a mesma data, o indicador ficou em 9,85  (6,8% a menos).
 
 
 
Continuidade
 
A perspectiva da Secretaria de Saúde do DF é continuar a vacinar grupos prioritários até 22 de fevereiro: idosos com 79 anos ou mais, trabalhadores da saúde, povos indígenas aldeados, pessoas com deficiência em instituições, pacientes inscritos no Núcleo de Atenção Domiciliar (Nrad) ou idosos com mais de 60 anos que vivem em instituições de longa permanência. Se não chegarem novas doses, a campanha de imunização pode ser interrompida (leia mais na Pág. 16).
 
 
 
Palavras de especialistas
 
Alta nas demandas
 
Agora, a situação está diferente do que tivemos no começo da pandemia. Com a maior procura da população por tratamento de doenças comuns — que, na maioria, ficaram sem atendimento no começo da crise do novo coronavírus — a possibilidade de manobra que teremos em relação à covid-19 também diminui. Problemas simples se acumularam ao longo desse período em que as pessoas tiveram recomendação de evitar os hospitais, e isso pode fazer uma pressão no gerenciamento do sistema. Embarcamos na segunda onda sem termos tido nenhuma diminuição sensível dos casos. As pessoas precisam compreender que vamos ter de conviver com esse vírus por um tempo, mesmo com a vacina. Precisamos de um número grande de vacinados, para alcançarmos uma segurança real. Os cuidados continuam necessários.
 
Werciley Júnior, infectologista
 
 
Riscos das variantes
 
A Variante P1 está dentro do que chamamos de variantes de atenção, pois são mutações que podem ser mais perigosas e de impacto clínico. Elas têm uma série de mutações, como a E484k, que pode levar a uma fuga da resposta imune. Além de aumento da transmissibilidade, produzir uma doença mais grave, assim como casos de reinfecção, dificultar os diagnósticos e trazer falhas terapêuticas. Um exemplo foi a variante de atenção que afetou as pessoas do Sul da África e levou à redução da eficácia da vacina AstraZeneca de 90% para 10%. Estamos diante de um alerta, e o futuro depende exclusivamente de nosso comportamento.
 
Joana D’Arc Gonçalves, 
infectologista

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