Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense terça, 09 de fevereiro de 2021

CORONAVÍRUS - SAÚDE COMEÇA A VACINAR IDOSOS COM 79 ANOS NO DF

Jornal Impresso

CORONAVÍRUS
 
Saúde começa a vacinar idosos com 79 anos
 
Com a chegada de 37,4 mil doses de imunizantes contra a covid-19 ao Distrito Federal, no sábado, secretaria decidiu aumentar a quantidade de pessoas incluídas na campanha. Pelos cálculos da pasta, novo grupo é composto por cerca de 6,1 mil habitantes

 

Publicação: 09/02/2021 04:00

Dircineia Garcia mora em uma casa de acolhimento na Asa Sul e recebeu, ontem, a segunda dose da CoronaVac:  

Dircineia Garcia mora em uma casa de acolhimento na Asa Sul e recebeu, ontem, a segunda dose da CoronaVac: "Tornou-se um dia de festa"

 


» SAMARA SCHWINGEL
» ANA MARIA DA SILVA
 
Hoje, a partir das 8h, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) começa a vacinar idosos com 79 anos — grupo composto por cerca de 6,1 mil pessoas, segundo a pasta. A expectativa é de que a maior parte desse público receba a primeira dose em até duas semanas. A imunização de pacientes acamados e com mais de 80 anos que agendaram atendimento por meio do Telecovid também tem início hoje. Mesmo com o novo passo na campanha, especialistas na área de epidemiologia alertam para a necessidade de monitorar e garantir o cumprimento das medidas de segurança sanitária.
 
A ampliação da vacinação ocorreu depois de o DF receber mais 37,4 mil unidades da CoronaVac, no sábado. A proposta inicial era incluir idosos com 75 anos ou mais no plano. No entanto, a quantidade não foi suficiente para alcançar as 35 mil pessoas dessa faixa etária, pois é necessário reservar o estoque para a segunda dose. Com cerca de 18 mil imunizantes à disposição para garantir duas aplicações — em um intervalo de 14 a 28 dias após a primeira —, a pasta optou por limitar o atendimento a idosos com 79 anos, além de continuar o atendimento a profissionais de saúde e pacientes acamados. 
 
Às 7h30, as novas vacinas serão encaminhadas da Rede de Frio da SES-DF para as centrais de cada região, que vão distribuir para os pontos de vacinação. Idosos com 79 anos completos que quiserem se vacinar deverão apresentar documento de identificação e Cadastro de Pessoa Física (CPF). O horário de atendimento permanece de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, nos mesmos pontos onde ocorreu a campanha para idosos acima de 80 anos — com exceção do drive-thru do Pontão, temporariamente desativado ontem.
 
Para o diretor científico da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, José David Urbáez, a ampliação, mesmo que limitada, é válida, e os idosos devem se vacinar. No entanto, ele reforça a necessidade de manter os protocolos de segurança sanitária e higiene. “Na empolgação do momento e na vontade de se vacinar, as pessoas esquecem que o novo coronavírus continua em circulação, e a pandemia, em alta. Não dá para relaxar”, destaca. O especialista acrescenta que a fiscalização tem um papel importante nesse cenário: “É preciso alertar as pessoas e continuar aplicando multas se necessário”, recomenda José David.
 
A Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal), responsável pela fiscalização do cumprimento das normas de combate à covid-19, informou que a inspeção ocorre diariamente. Desde o início da pandemia, ocorreram 548.173 vistorias em estabelecimentos. Desse total, 24.926 comércios acabaram fechados compulsoriamente; 586, multados; e 1.913, interditados. Além disso, desde o início da pandemia, 267 pessoas receberam multa no DF, por não usarem máscaras. O item é obrigatório, como previsto no Decreto nº 40.831/2020. O descumprimento implica o pagamento de R$ 2 mil a R$ 4 mil como pena.
 
 Expectativas
 Ontem, a SES-DF começou a aplicar a segunda dose das vacinas contra a covid-19. Entre os contemplados estão pessoas com mais de 80 anos, acamadas ou não, e profissionais da saúde que atuam em casas de acolhimento para idosos. Foi o caso da professora aposentada Dircineia Garcia da Motta, 75, que mora no Espaço de Convivência, na 503 Sul. Após receber uma nova aplicação da CoronaVac, a idosa comemorou: “Tornou-se um dia de festa por finalmente termos tomado essa vacina. O coração da gente fica apreensivo, sem saber o que poderia ter acontecido comigo, com você ou com qualquer pessoa”, disse. “Quanto tempo tudo isso vai durar ninguém sabe. Mas ver as pessoas alegres por receberem a dose é tão bom”, celebrou Dircineia.
 
Dos 43 idosos que moram no espaço, só dois não foram vacinados — um estava internado, o outro não teve autorização da família. Na Unidade Básica de Saúde nº 2 da 114 Norte, a aposentada Edilice Sousa Melo de Oliveira, 85, recebeu a vacina pela primeira vez. “Nós (Edilice e o marido) estávamos viajando. Chegamos ontem e, logo cedo, eu quis vacinar. Foi bom ter esperado porque, assim, evitamos aglomerações”, comentou. A aposentada também deixou um recado: “Venha se vacinar para que a pandemia acabe o quanto antes”, completou Edilice.
 
A Secretaria de Saúde espera avançar mais na vacinação nos próximos 15 dias. No entanto, isso só será possível se o Ministério da Saúde entregar mais doses. Equipes do Executivo local estão em tratativas com o Governo Federal, para negociar o envio de unidades suficientes para atendimento das outras faixas etárias. Por enquanto, o Governo do Distrito Federal (GDF) descarta a possibilidade de comprar vacinas por conta própria.
 
 
 
Palavra de especialista
 
A importância da vacina
 
Quando falamos de vacinas, precisamos entender que ela não é uma prevenção individual. A ‘não adesão’ pode atrapalhar o combate à doença em questão, e o vírus pode sofrer mutações que sejam resistentes às vacinas que temos. Por isso, é importante a cobertura e a adesão das pessoas ao processo. É uma estratégia de saúde pública. Portanto, há necessidade de o governo — tanto federal quanto local — criar uma estratégia para ter vacinas e para aplicá-las na maior quantidade de pessoas possível. O ideal de cobertura é de, no mínimo, 80% da população. Se conseguirmos alcançar essa meta, cria-se uma barreira comunitária para a circulação do vírus. É importante frisar que, hoje, existem muitas notícias falsas sobre as vacinas e a segurança delas. Não estamos observando nenhum efeito colateral grave para as doses disponíveis contra o novo coronavírus. Dores de cabeça, dor e vermelhidão no local são efeitos esperados em qualquer campanha de imunização. Não há nada nesse sentido que comprometa o andamento da vacinação contra a covid-19. Por favor, vacinem-se.
 
Walter Ramalho, 
professor de epidemiologia da Universidade de Brasília (UnB)

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