Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão quinta, 19 de março de 2020

CORONAVÍRUS: ESPECIALISTAS FALAM SOBRE INTERAÇÃO ENTRE REMÉDIOS

 

Especialistas falam sobre interação entre remédios e coronavírus; entenda

Remédios para tratamento cardíaco, diabetes e inflamações podem piorar o quadro de quem for infectado pelo novo vírus. Reportagem responde a questões enviadas por leitores do grupo EstadãoInforma: Coronavírus, no Facebook

Redação, O Estado de S.Paulo

19 de março de 2020 | 05h00

Remédios para tratamento cardíaco, diabetes e inflamações podem piorar o quadro de quem for infectado pelo novo coronavírus. E especialista alertam: antes de trocar a medicação, é essencial consultar os médicos. O Estado levantou dúvidas com base em questões enviadas por leitores do grupo EstadãoInformaCoronavírus, espaço para discussão e troca de informações sobre a pandemia criado pelo jornal no Facebook.

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Amostras aguardam teste de coronavírus em Seattle, nos Estados Unidos Foto: REUTERS/Brian Snyder

As respostas têm como base entrevistas com o farmacêutico Ismael Rosa, diretor acadêmico do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), do professor Eliseu Waldman, infectologista da Faculdade de Saúde Pública da USP, e também reportagens feitas pelo Estado. O grupo é um espaço para discussão e troca de informações sobre a pandemia na rede social. Qualquer usuário pode se inscrever e enviar suas dúvidas.

Hipertensos estão entre os grupos de risco do coronavírus?

 Sim. Os hipertensos geralmente fazem uso de remédios como captopril, enalapril e lisinopril, que são inibidores de uma enzima intimamente ligada à infecção pelo vírus. Isso porque o uso desses medicamentos resulta na elevação da chamada “enzima conversora de angiotensina 2”. O mesmo ocorre com remédios que bloqueiam receptores dessa substância, que aliviam a pressão arterial, como losartana e valsartana. O vírus precisa dessa enzima no organismo para fazer infectar os tecidos do corpo – especialmente o sistema cardiovascular. Se a pessoa toma esses medicamentos, eles resultam na elevação dos níveis dessa enzima. Isso vai potencializar a infecção no organismo. Estudos preliminares, ainda inconclusivos, detectaram o mesmo efeito no uso do ibuprofeno – e por isso a Organização Mundial de Saúde desaconselhou o uso desse medicamento.

  

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O paciente deve cortar o uso desses medicamentos?

Não. Nenhum medicamento para hipertensão, diabetes ou qualquer quadro clínico específico deve ter o uso descontinuado sem orientação médica. A orientação é que o paciente procure o profissional com o qual se consulta – no caso dos hipertensos, um cardiologista – para saber se é o caso de substituição do remédio. Cortar o medicamento pode trazer complicações, e é essencial o paciente estar com a saúde estável se contrair o coronavírus, o que diminui influência negativa no quadro clínico.

Há substitutos para esses remédios?

Sim, mas somente o cardiologista que está acompanhando esse paciente pode avaliar. Dependerá da análise de risco e benefício para esse paciente. 

Se é um paciente que não teve exposição ao vírus, que não está numa região que é endêmica ainda, nem tem histórico de viagem para locais onde há epidemia, por exemplo, a troca de medicamento pode ser dispensada. 

É verdade que o medicamento favipavir ajuda no tratamento do coronavírus?

Os resultados do uso do favipavir para tratar infecções da covid-19 são preliminares. Os testes foram feitos em pacientes na China e, segundo as autoridades do país, o tempo médio de tratamento com o remédio foi de apenas quatro dias. Sem o favipavir, outros pacientes levaram 11 dias para testar negativo. Ainda segundo autoridades chinesas, radiografias mostraram melhoras na condição dos pulmões de 91% dos medicados, ante 62% no outro grupo. A droga é comercializada no mercado japonês desde 2014 com o nome Avigan.

Qual remédio ter em casa para tratar os sintomas? 

Nunca é recomendável ter “farmácias” dentro de casa. A primeira recomendação é conversar com um farmacêutico, que é o profissional mais acessível à população. É ele que pode dizer se, de acordo com os sintomas, é possível recomendar algum medicamento isento de prescrição – no caso de gripe, por exemplo –, ou se deve haver algum encaminhamento ao serviço de saúde. 

É preciso ter cuidado com o efeito de outros remédios para o coronavírus?

Sim. Os corticoides, por exemplo, são imunossupressores. Eles abaixam a imunidade e, automaticamente, se uma pessoa está com a imunidade baixa há preocupações relacionadas tanto com a covid-19 quanto com qualquer outro vírus ou infecção. Para quem faz uso desse remédio, a orientação é a mesma que vale para os grupos de risco: antes de mudar o uso do remédio, consulte um médico.


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