Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sábado, 24 de julho de 2021

CORONAVÍRUS - DE BATE RECORDE DE VACINA EM MUTIRÃO

Jornal Impresso

Recorde de vacina em mutirão
 
Mais de 62 mil pessoas receberam a primeira dose dos imunizantes e 14.769, o reforço, ontem. Expectativa da Secretaria de Saúde é de atender 100 mil moradores do Distrito Federal com a D1 até amanhã. Neste fim de semana de campanha, 74 postos estão funcionando

 

SAMARA SCHWINGEL, RAFAELA MARTINS

Publicação: 24/07/2021 04:00

Após perder amigos para a covid-19, Luciana Guimarães ficou aliviada de tomar a primeira dose (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
)  
Após perder amigos para a covid-19, Luciana Guimarães ficou aliviada de tomar a primeira dose
Durante o primeiro dia do mutirão de vacinação contra a covid-19 no Distrito Federal, ontem, cerca de 77,6 mil pessoas foram vacinadas, sendo 62.668 com a primeira dose; 14.769, com a segunda; e 236, com dose única. Os números de D1 e D2 são os recordes de aplicações diárias desde o início da campanha, em janeiro deste ano. A expectativa da Secretaria de Saúde é de atender, até amanhã, 100 mil pessoas de 37 anos ou mais com a primeira dose. Para o reforço, a pasta espera atender 182 mil pessoas até o fim do mês.
 
Sem agendamento, a campanha foi marcada por filas e espera em alguns pontos de atendimento — ao contrário do que foi divulgado anteriormente pela Secretaria de Saúde, ontem, 96 postos funcionaram. Seriam 100. Hoje e amanhã, são 74 postos operando das 9h às 17h. O multirão se encerra neste domingo. Para se vacinar, é preciso ter 37 anos ou mais e comparecer com um documento de identificação com foto. Ontem, a pasta incluiu grávidas e puérperas no público-alvo do mutirão. Como elas têm contraindicação para receber a AstraZeneca, serão atendidas em pontos específicos (veja Gestantes e puérperas).
 
Na avaliação do subsecretário de Vigilância à Saúde e presidente do Comitê de Operacionalização da Vacinação, Divino Valero, o primeiro dia de mutirão foi um sucesso. “Dentro do que esperávamos, e a resposta da população foi muito boa. Tivemos muita procura no início da manhã, mas estávamos preparados. Alguns postos aplicaram 1.300 doses até as 14h”, ressalta. Para ele, a grande procura pelos imunizantes demonstra que a secretaria está no caminho certo. O subsecretário afirma que 1.500 profissionais estão envolvidos no atendimento à população. “Agradeço a todas as equipes que atuam nessa campanha pelo empenho. E, hoje,  estamos esperando aqueles que não compareceram ontem”, convida.
 
Parte do público a ser vacinado pela faixa etária, Felipe Cruz, 37 anos, estava ansioso e, ao receber a lista com os locais de atendimento, se preparou para chegar o mais cedo possível na Unidade Básica de Saúde nº 2 do Guará. Ele estava no local por volta das 7h, mas encontrou uma grande fila e decidiu tentar mais tarde. “Percebi que ia me atrasar para o trabalho. Por isso, optei por ir logo ao Plano Piloto trabalhar”, conta o designer gráfico e morador do Guará.
 
Pela tarde, Felipe foi informado de que a UBS nº 2 do Cruzeiro estava com pouca movimentação. “Esperei 1h30 para ser atendido, mas consegui me vacinar”, celebra. Agora, é aguardar pela aplicação do reforço. “Desde o início, sempre quis me vacinar. A imunização ainda não está completa, então se cria a expectativa pelo dia que vou tomar a segunda dose”, considera.
 
O piscicultor Adenilson Vieira, 56, ainda não conseguiu se vacinar. Ele mora na área rural de São Sebastião, tem dificuldade de se deslocar até a zona urbana e de acessar a internet. Ontem, ficou cinco horas na fila da UBS nº 2 de São Sebastião e não recebeu o imunizante. “Cheguei às 10h e, por volta das 15h, uma enfermeira falou que só tinha mais 50 doses, o restante não conseguiria ser atendido”, critica. Ele foi orientado a retornar hoje, mas não sabe se consegue. “Moro longe, não tenho carro. Fica difícil”, lamenta.
 
Avaliação
 
Apesar das grandes filas, o movimento nos postos de saúde ficou mais tranquilo durante a tarde. O analista de sistemas Thiago Nascimento, 37, procurou pela imunização no início da manhã de ontem. Porém, como a secretaria não informou que alguns locais só funcionariam durante o fim de semana, o morador de Águas Claras chegou ao Taguaparque e não encontrou atendimento. “Resolvi ir trabalhar. Depois, conversando com alguns amigos, vi quais locais estavam atendendo”, diz.
 
Por volta de 13h30, Thiago foi à UBS nº 4 do Guará. “Recebi atendido em 15 minutos e não tinha mais de 30 pessoas na fila”, destaca. Agora, depois de vacinado, ele afirma que se sente mais tranquilo. “Tirei um peso enorme dos ombros. Não dá para relaxar ainda, mas já é uma segurança a mais”, avalia.
 
Para o infectologista Dalcy Albuquerque, o desafio do mutirão está relacionada à comunicação. “Deixamos de ter uma fila virtual para ter uma presencial. Além disso, a divulgação dos locais foi falha, muito tardia. Tivemos filas enormes em locais já conhecidos, e os novos estavam muito vazios. Realmente, requer uma divulgação maior”, ressalta. O médico argumenta que, para os próximos dias, seria estratégico dividir os pontos de imunização por faixa etária. “Colocar uma idade para ser atendida em um posto, outra em outro. Seria uma forma interessante de organizar”, diz.
 
Apesar dos problemas registrados, a médica Lívia Ribeiro, da Sociedade de Infectologia do DF, avalia que a ação ocorreu dentro da normalidade. “O mutirão serve, justamente, para acelerar a vacinação. Tivemos sobrecarga em alguns postos, mas outros estavam tranquilos”, pondera.
 
A secretária Luciana Guimarães, 41, se programou para tomar a vacina antes de entrar no trabalho, no Parque da Cidade. “A esperança vive entre a gente, para que possamos nos livrar desse vírus e viver normal. Eu perdi amigos para a covid-19 e estou satisfeita com a vacina que vou tomar aqui”, comenta.
 
O autônomo Ricardo Vasconcelos, 38, disse que teve de enfrentar muitos obstáculos nesta pandemia, por trabalhar com eventos. Receber o imunizante, para ele, é fundamental. “Essa doença vem nos assustando há muito tempo. Qualquer percentual a mais de proteção é bom, por isso qualquer vacina é boa. Peguei uma fila de cem carros. É mais do que necessário para mim, pois estou há dois anos com dificuldades na área que trabalho”, diz.
 
 
Programe-se
 
Horários
Sábado e domingo: das 9h às 17h
 
O que levar?
Documento de identidade com foto.
 
 
Gestantes e puérperas
 
Asa Sul
Unidade Básica de Saúde nº 1 — 1ª dose
 
Asa Norte
Unidade Básica de Saúde n° 2 — 1ª dose
 
Brazlândia
Unidade Básica de Saúde nº 1 — 1ª e 2ª doses
 
Ceilândia
Unidade Básica de Saúde nº 3 — 1ª dose
Unidade Básica de Saúde nº 7 — 1ª dose
 
Cruzeiro
Unidade Básica de Saúde nº 2 — 1ª dose
 
Gama
Unidade Básica de Saúde nº 3 — 1ª e 2ª doses
Sesi Gama — (só drive-thru) — 1ª e 2ª doses
 
Guará
Unidade Básica de Saúde nº 1 — 1ª e 2ª doses
 
Núcleo Bandeirante
Unidade Básica de Saúde nº 1 — 1ª e 2ª doses
 
Paranoá
Quadra do Paranoá — 1ª dose
 
Parque da Cidade
Estacionamento 13 (só drive-thru) - 1ª dose
 
Planaltina
Unidade Básica de Saúde nº 5 — (inclui drive-thru) — 1ª e 2ª doses
 
Riacho Fundo 2
Unidade Básica de Saúde nº 1 — 1ª e 2ª doses
 
Santa Maria
Igreja Assembleia de Deus — 1ª e 2ª doses
 
São Sebastião
Ginásio São Bartolomeu São Sebastião — 1ª dose
 
Sobradinho
Unidade Básica de Saúde nº 1 — (inclui drive-thru) — 1ª e 2ª doses
 
Sobradinho 2
Regional de Ensino de Sobradinho 2 — (inclui drive-thru) — 1ª e 2ª doses
 
 
Média de casos recua
 
O Distrito Federal registrou, nas últimas 24 horas, 868 casos e 12 mortes por covid-19. A média móvel de ocorrências chegou a 561,6, número 19,4% menor em relação a 9 de julho. A mediana de mortes está em 11,8, aumento de 1,7% em relação ao mesmo período. A taxa de transmissão do novo coronavírus está em 0,97, o que significa que 100 pessoas infectadas passam a doenças para outras 97.
 
No total, de acordo com o boletim epidemiológico, a capital soma 444.665 infecções e 9.538 óbitos. A rede pública de saúde opera com 78,18% dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) voltados para o tratamento do novo coronavírus ocupados. Das 405 vagas, 129 estavam em atendimento, 36 livres e 240 bloqueadas. Na rede privada, a taxa era de 79,90%, sendo que, dos 272 leitos, 164 estavam com pacientes, 42 vagos e 66 bloqueados. Na fila por um leito de UTI, havia três pessoas com suspeita ou confirmação de covid-19.
 
Riscos
 
O DF tem a maior densidade demográfica do país — 444,66 hab/km², de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ou seja, possui a maior quantidade de pessoas por quilômetro quadrado do país. Para Breno Adaid, pesquisador do Centro Universitário Iesb, doutor em administração e pós-doutor pela Universidade de Brasília (UnB) em ciência do comportamento, esse fator tem impacto na transmissibilidade do novo coronavírus e pode acarretar em um aumento de casos.
 
“Em uma pandemia em que a movimentação e a proximidade das pessoas favorecem o contágio, a densidade demográfica pode pesar. É um quadradinho cheio de gente”, analisa. O pesquisador defende que a capital federal deveria receber mais doses de vacinas. O Ministério da Saúde informou que o cálculo de distribuição de vacinas é baseado na população-alvo da campanha, e as doses são enviadas de forma proporcional e igualitária para todos os estados e o DF. Semanalmente, a pasta coordena reuniões entre União, estados e municípios, para definir a estratégia de vacinação e o percentual que deve ser usado como primeira e segunda dose. (SS)

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