Configurei meu coração, mas perdi a senha. Não mais posso acessá-lo tampouco me conectar com o mundo à minha volta. Tentei plugar o meu amor. Em vão. Sem a tal da senha nada é possível. Impossibilitado de navegar na rede, recorri ao Google, tentando reencontrar o mundo, mas, mais uma vez, tentativa frustrada. ‘Sem senha, é impossível’, disse-me abusado e em letras garrafais o Note Book. E o mundo lá fora, explodindo, informando tudo sobre tudo e eu aqui, sem senha, sem saber o que se passa. Eu querendo falar on-line e dizer minhas verdades, contar da minha vontade de viver, mas, apenas porque sou distraído e esqueci a senha, sem poder fazê-lo. Tem nada não: vou me vingar quando lembrar da danada da senha. Vou mandar um ZAP para todos os meus amigos desejando Paz e Bem e, on-line, pelo INSTAGRAN, sorrir para mostrar que ainda é possível ser feliz. E quando um dia conseguir, dançando um xote no site da felicidade, vou conversar pelo FACEBOOK com os que quero bem. E aí me vingo jogando na lixeira todos os arquivos de tristeza e dor. E vou prometer a mim mesmo nunca mais esquecer a danada da senha. A propósito, um amigo meu, meio por poesia, meio por consolo, me fez lembrar que Deus também perdeu a senha do universo e, por isso, não consegue mais acessar o coração dos homens … Tomara que ele encontre logo que a coisa ‘tá feia!
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