22 de junho de 2019 | 04h36
O favoritismo da França só não é maior diante do Brasil, pelas oitavas de final da Copa do Mundo feminina de futebol, por causa de um fator que pode fazer a diferença: Marta, artilheira isolada na história do torneio entre as mulheres – e também se colocar os homens na conta. A brasileira já marcou 17 gols em 19 partidas que disputou e pode ajudar a seleção a avançar.
A França, que teve um aproveitamento de pontos perfeito na fase de grupos, entende que a seleção brasileira tem uma fragilidade defensiva, mas sabe que será difícil parar a jogadora que já foi eleita seis vezes a melhor do mundo. “Ela é simplesmente uma lenda. Em todos os lugares que jogou, foi bem-sucedida, e ainda é. Pode ser decisiva a qualquer momento”, diz a atacante Eugénie Le Sommer.
Nesta Copa do Mundo, Marta não atuou na primeira partida, pois ainda estava se recuperando de lesão. Era o confronto mais fácil, contra a Jamaica. Depois, esteve 45 minutos em campo diante da forte Austrália e contra a Itália, na última rodada, jogou por 84 minutos. A tendência é que diante da França, em mata-mata, ela possa atuar a partida inteira, e bem, até por já estar melhor fisicamente.
Marta pode até ampliar seu recorde de gols em Le Havre, mas também está promovendo um debate muito importante no meio esportivo, lutando contra o preconceito. Ao comentar sua expressiva marca, aproveitou para mandar um recado a todos. “Estou representando todas as mulheres. É um gol pela igualdade, pelo ‘empoderamento’ e respeito”, pregou.