Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense terça, 18 de junho de 2019

COPA FEMININA - À ESPERA DE UM SORRISO

 


COPA FEMININA
 
 
À espera de um sorriso
 
 
Seleção Brasileira tem parada dura contra Itália, hoje, em busca de classificação às oitavas de final. A equipe capitaneada por Marta precisa ao menos de um empate para alimentar a esperança de avançar

 

MAÍRA NUNES
MARIA EDUARDA CARDIM
Enviadas especiais

Publicação: 18/06/2019 04:00

 

A atacante Marta iniciará a partida como titular, mas será reavaliada durante o intervalo para saber se terá condições de continuar até o final do jogo (CBF/Divulgação)  

A atacante Marta iniciará a partida como titular, mas será reavaliada durante o intervalo para saber se terá condições de continuar até o final do jogo

 

 

Valenciennes (França) — Na última participação da Itália na Copa do Mundo feminina, a diferença técnica para o Brasil era significativa. Tanto que a derrota na edição de 1999 para as brasileiras, por 
2 x 0, ocasionou a eliminação das italianas ainda na fase de grupos. Duas décadas depois, as seleções se reencontram na mesma chave do Mundial, mas em situações opostas. A equipe europeia chega ao duelo de hoje, às 16h, no Stade du Hainaut, com duas vitórias, em busca de confirmar a liderança do Grupo C. O time brasileiro precisa vencer ou empatar para avançar às oitavas de final e impedir a pior campanha no torneio.
O Brasil nunca foi eliminado na primeira fase do Mundial. Neste ano, diante do aumento da visibilidade que a oitava edição da Copa Feminina vem apresentando, a classificação é vista como uma forma de impulsionar a modalidade. “Vivemos uma oportunidade a se agarrar com unhas e dentes”, ressalta Marta. A capitã brasileira, logo na estreia no torneio da França, manifestou a luta de gênero intrínseca à carreira dela e de tantas jogadoras. Nas chuteiras pretas da camisa 10, o símbolo da igualdade ocupa espaços normalmente preenchidos por patrocinadores.

“Quero passar para as meninas essa luta, porque não vamos durar para uma vida inteira e temos de buscar sempre o desenvolvimento”, defende Marta, eleita seis vezes melhor do mundo pela Fifa. Questionada pelo que gostaria de ser lembrada após a aposentadoria dos gramados, ela reflete que a resposta poderia ser os jogos, os gols e as coisas que ganhou na carreira, mas volta atrás e dispara: “Penso que seria mais importante ser lembrada por ter tentado, junto a outras jogadoras, melhorar o esporte, deixar um legado para as próximas gerações”.

Ao pisar nos gramados diante da Itália, tudo isso entrará em campo. Não é apenas a classificação que está em jogo. O Brasil se vê em uma situação delicada diante de uma chave que, a princípio, não era para assustar uma equipe tão tarimbada quanto a nossa. No Grupo C, está também a Austrália, uma seleção em ascensão, que nunca passou das quartas de final, mas que se tornou carrasca brasileira ao eliminar o país nas oitavas de final na Copa passada e ao vencer de virada, por 3 x 2, na atual edição do Mundial, na última quinta-feira.

A chave tem ainda a Jamaica, estreante em Copas, e a Itália, que encarou um jejum de 20 anos sem disputar a Copa do Mundo. As italianas impulsionaram a modalidade nos últimos dois anos e, agora, amedrontam o Brasil de uma forma nunca vista. Mas a situação delicada no Brasil não é exatamente surpresa, em função da queda de rendimento na preparação, em que emendou nove derrotas seguidas. Mas escancara o quanto a equipe brasileira feminina pouco avançou.

Os desafios não vão se limitar a ganhar, mas a convencer. E não há melhor forma de fazer isso em campo do que com gols. Afinal, em caso de vitória do Brasil sobre a Itália e da Austrália sobre a Jamaica, a classificação ficará por conta do saldo de gols. Os dois melhores times do grupo terão a vantagem de encarar adversários teoricamente mais fracos nas oitavas. O terceiro colocado poderá cruzar com a anfitriã França na próxima fase.

Na Itália, o futebol feminino vive momento de euforia. Os italianos estão em fase de reconciliação com a seleção após a ausência na Copa do Mundo masculina da Rússia, no ano passado. Em um país em que o machismo ainda tem força, a equipe feminina vem assumindo protagonismo e conquistando uma torcida que é apaixonada por futebol e só precisava abrir os horizontes. “Agora é um sentimento de pertencimento. Somos unidas, nos sentimos italianas. Isso pode fazer a diferença”, empolga-se a treinadora da equipe feminina, Milena Bertolini.

Meio de campo 
Para furar a defesa e o bom momento vivido pela Itália, as construções das jogadas no meio de campo serão essenciais. A principal dúvida sobre a substituta de Formiga, que tomou dois cartões amarelos e está suspensa do último jogo da fase de grupos, foi sanada ontem por Vadão. Andressinha terá a primeira oportunidade de entrar em campo na Copa da França e ocupará a vaga da camisa 8. No entanto, Thaísa é quem assumirá a função da veterana e jogará mais recuada.

Formiga saiu no intervalo da partida contra a Austrália após sentir uma torção no pé esquerdo, que aconteceu no primeiro jogo da Seleção. Ontem, o departamento técnico realizou exames de imagem para segurança do diagnóstico e nada de significativo foi constatado. Enquanto as companheiras se aqueciam no último treino para a partida decisiva, Formiga só caminhou ao redor do campo.

  

 (Franck Fife/AFP)  
 

 

Destaque do dia

Wendie Renard
As anfitriãs da Copa do Mundo se classificaram para as oitavas de final na liderança do Grupo A. O único gol da vitória sobre a Nigéria, que garantiu o aproveitamento 100% da equipe, só saiu com a ajuda do VAR. Após uma disputa dentro da área, a árbitra consultou o vídeo e marcou penalidade para a França. A capitã Renard bateu rasteiro e carimbou a trave. No entanto, a ferramenta tecnológica ajudou mais uma vez as donas da casa. O VAR entrou em ação e mandou voltar a cobrança porque a goleira se adiantou. Na segunda chance, a artilheira francesa marcou e garantiu o triunfo.

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