A Seleção Brasileira descobrirá hoje, às 21h30, como atuar sem os dois principais nomes desta geração: Neymar e Philippe Coutinho. Os dois são os grandes desfalques do time que joga no Morumbi pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022 contra a Venezuela. As ausências forçam o técnico Tite a buscar uma nova formação, com direito a um trio de ataque diferente: Gabriel Jesus, Roberto Firmino e Richarlison.
Em quatro anos no comando da Seleção, será a primeira vez que Tite não terá a dupla Neymar e Coutinho para um jogo disputado em data oficial. Nas 50 partidas realizadas sob o comando do treinador, apenas uma vez o Brasil estava sem os dois. Em 2017, um amistoso beneficente pelas vítimas do acidente aéreo da Chapecoense, no Rio, contra a Colômbia, contou só com atletas que atuam no futebol brasileiro.
Neymar foi cortado ontem, após o médico Rodrigo Lasmar constatar que não há tempo para recuperá-lo da lesão na coxa esquerda até o clássico de terça-feira contra o Uruguai, em Montevidéu. Antes, Coutinho e outros seis convocados também foram cortados. O jogador do Barcelona teve problema na coxa esquerda e terá como substituto Éverton Ribeiro, do Flamengo. Coutinho é o mais utilizado por Tite e esteve em 46 dos 50 jogos.
“Essa convocação teve um número maior (de cortes) do que realmente acontece, ou por lesão ou pelo problema da covid-19. Eu quero olhar esse lado real também. As oportunidades surgem”, disse Tite. A equipe perdeu, ontem, o lateral Gabriel Menino, diagnosticado com covid-19. Os outros atletas testaram negativo e passarão por outra série de exames no fim de semana.
Mudanças
Tite escará Ederson no gol, mesmo com o retorno de Alisson. Sem contar com o volante Casemiro, outro diagnosticado com covid-19, Allan assume a posição. O ataque terá o comando de Richarlison posicionado como centroavante, em vez de Firmino, que agora virou ponta. “O Richarlison será o ‘nove’. O Firmino será um jogador mais livre, como um articulador”, explicou o técnico.
Pelo menos as mudanças na escalação não mexem com o favoritismo do Brasil. A equipe lidera as Eliminatórias e recebe dentro de casa um dos adversários mais frágeis do continente. A Venezuela perdeu os dois primeiros jogos e foi o único país a não ter marcado gol na competição até agora.
O Brasil tem na memória o último encontro com a Venezuela. O resultado foi frustrante. Na Copa América do ano passado, na Arena Fonte Nova, em Salvador, as equipes empataram por 0 x 0. “São confrontos sempre muito complicados, como na Copa América 2019. É uma equipe que se fecha bem”, alerta Thiago Silva.
Colômbia recebe Uruguai
A seleção colombiana busca, hoje, confirmar o bom momento. O duelo, às 17h30 (de Brasília), no Estádio Metropolitano, em Barranquilla, válido pela terceira rodada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo do Catar, será contra um Uruguai. Adversário do Brasil na terça-feira, em Montevidéu, o time celeste está prejudicado por desfalques importantes. Em outro duelo de hoje, o Chile receberá o Peru, às 20h (de Brasília) com o objetivo de triunfar pela primeira vez na competição. Os chilenos somam apenas um ponto, uma vez que empataram, com a Colômbia e, antes, foram derrotados pelo Uruguai. Os peruanos também têm um ponto do empate por 2 x 2 com o Paraguai na rodada de abertura.