A seleção brasileira de futsal terá a missão de manter de pé uma estatística de expressão contra Marrocos, às 9h30 deste domingo (29), pelas quartas de final do Mundial da modalidade, em Bukhara, no Uzbequistão, com transmissão do SporTV, do Globoplay e da CazéTV.
Com exceção dessa ocasião, o time verde-amarelo chegou ao menos nas meia-finais em todas as outras oito aparições no Mundial. Em 1989, 1992 e 1996, foi campeão. Depois de assistir ao bicampeonato espanhol em 2000 e 2004 com quedas diante dos próprios vencedores nas duas ocasiões, emendou mais uma dobradinha. Dessa vez, em 2008 e 2012.
Em 2021, amargou eliminação contra a arquirrival Argentina, também nas semis. Dessa vez, a Albiceleste acabou vencedora, com triunfo por 2 x 1. A estatística é ainda mais impressionante se mencionados os outros três torneios realizados antes de 1989. À época, a responsável por organizar a Copa era a antiga Federação Internacional de Futebol de Salão (FIFUSA).
Em 1982 e 1985, a Canarinho coletou os dois primeiros títulos mundiais da própria prateleira. Em 1988, foi vice-campeã diante do Paraguai. Se consideradas as três versões 'antigas' do torneio, o Brasil tem 11 presenças em semifinais de 12 tentativas possíveis. Caso vença Marrocos e avance em terras uzbeques, aumentará o leque para 12 presenças em 13 tentativas.
Agora, devem enfrentar percalços mais uma vez na busca pela classificação. Ao menos se forem tomadas como base as apresentações marroquinas durante o Mundial. Membro do Grupo E, Marrocos garantiu presença no mata-mata com o segundo lugar. Apenas Portugal, atual campeão mundial e primeiro colocado da chave, derrotou os Leões do Atlas. Já nas oitavas de final, eliminaram o favorito no confronto, o Irã, com vitória por 4 x 3. A equipe do Oriente Médio, quarta colocada no ranking mundial de seleções da Fifa, encerrou a primeira fase invicta e com 100% de aproveitamento.
"Não pode errar, não pode ter falha. Você não pode desligar do jogo em nenhum minuto. Temos que estar 100% concentrados porque eles (marroquinos) podem matar a partida em qualquer oportunidade", disse o ala Felipe Valério, em entrevista ao Estadão. "Eles conseguem unir o talento individual com um forte jogo coletivo. São rápidos, se movimentam bem e têm uma boa construção de jogadas", acrescentou ele.