Com o fim do ciclo da Copa do Catar para o Brasil, não só o técnico Tite, mas alguns jogadores também se despedem da Amarelinha. Por questões de idade e de uma passagem pouco produtiva, alguns nomes naturalmente não são esperados na preparação para o Mundial de 2026. Ao mesmo tempo, outros devem ganhar mais espaço e ter seu protagonismo aumentado. É tempo de mudanças na seleção.
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Entre os que se despedem, os nomes mais óbvios são os de Daniel Alves e de Thiago Silva. Isso porque ambos terão ultrapassado a marca dos 40 anos. O lateral estará com 43 anos. Já o zagueiro, com 41.
Há também os casos de Everton Ribeiro e de Weverton. O meia de 33 anos e o goleiro de 34 estarão mais perto dos 40. Para o arqueiro, não chega a ser um problema. Mas sua pouca utilização neste ciclo já indica o fim de ciclo.
O 'enigma' Neymar
Fora eles, há o grupo das incógnitas. Atletas que, cada um por circunstâncias específicas, podem seguir com a Amarelinha ou se despedir dela. A maior das interrogações é, sem dúvida, Neymar. O atacante, que terá 34 anos em 2026, ainda teria vigor para jogar a próxima edição. Mas as declarações recentes de que este seria seu último Mundial põem uma dúvida sobre isso. A verdade é que esta decisão passa mais por ele do que pelo futuro técnico da seleção.
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Outras incógnitas
Outra dúvida é Gabriel Jesus. O atacante fez um ciclo tão ruim que seria natural considerá-lo fora da seleção. Porém, a pouca idade (25 anos) pode dar a ele tempo para se recuperar. Ainda mais que ele entrou bem no time do Arsenal, seu novo clube desde o início da atual temporada europeia.
Os laterais completam o time das incógnitas. Danilo, Alex Sandro e Alex Telles foram para a Copa longe de serem unanimidade. O último ciclo foi marcado pela pobreza de opções para a posição. Por isso, embora os três tenham idade para estar nos EUA-México-Canadá, devem enfrentar a concorrência daqueles que estarão mais experientes no próximo Mundial, como Guilherme Arana, Renan Lodi, Emerson Royal e Caio Henrique.
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Protagonismo
Entre os demais, mais do que a permanência há a expectativa de que cresçam ainda mais e assumam o protagonismo da seleção. É o caso, principalmente, do trio Vini Junior, Rodrygo e Richarlison. Pedro, Antony e Gabriel Martinelli também mostraram, seja nos clubes ou na própria seleção, potencial para brigar por uma posição de destaque com a Amarelinha.
Liderança
Toda esta juventude deve ser liderada por Casemiro. Logo após a eliminação para a Croácia, o volante tratou de se colocar no próximo ciclo. Em 2026, ele terá 34 anos.
- Claro que sempre tem uma garotada (chegando). Mas tenho 30 anos, vivo o melhor momento da carreira, estou muito feliz no clube onde estou (Manchester United). Precisamos ver. Tem um novo treinador que vai entrar agora. Quem ele vai convocar, quem não vai. Precisa ter o respeito - disse Casemiro à TV Globo.
O volante vai ganhar a companhia de Alisson, que tem a mesma idade que ele e, como titular do Liverpool, só perde espaço se cair de rendimento no meio do caminho. O mesmo com Ederson, um ano mais novo e absoluto na meta do Manchester City. A tendência é que, com a chegada de um novo treinador, a briga titularidade na seleção recomece.
Outras disputas
No meio, Paquetá e Bruno Guimarães também devem seguir. Já Fred e Fabinho, embora tenham idade para mais um ciclo (ambos têm 29), vão encarar a concorrência de nomes mais jovens, como Gerson, Danilo e Douglas Luiz.
O mesmo ocorre na zaga. Éder Militão e Marquinhos devem continuar. Bremer, que entrou como uma aposta de Tite, recomeça do zero a briga por uma das duas vagas vazias (a outra é a deixada por Thiago Silva). Ao seu lado, certamente estarão Lucas Veríssimo e Ibañez.