Se a Copa América veio às pressas para o Brasil e sofre com a organização e os gramados ruins, há Neymar. Se o Brasil de Tite oscila diante da estratégia de fazer testes para a Copa do Mundo, há Neymar. O camisa 10 é atração em meio à qualdiade duvidosa do torneio e de seus jogos. Hoje, às 18h, contra o Equador, a seleção brasileira volta a campo classificada para as quartas de final, mas nada de poupar sua estrela.
O talento e o comportamento do craque em campo são garantia de entretenimento. Não apenas por seus lances de genialidade, mas pela forma como encara os jogos. Em um torneio morno, no país que ainda sofre com muitas mortes na pandemia, Neymar tem a capacidade de atrair atenções e minimamente divertir, com alto grau de competitividade e até rivalidade.
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Em campo, chama sempre a responsabilidade e é vigiado por adversários. São 25 faltas sobre o atacante em apenas três partidas. Diante da Colômbia, o jogador ainda se envolveu em pequenas confusões, que deram uma apimentada no jogo. Depois de cobrar o escanteio na cabeça de Casemiro e explodir em alegria com a virada, o camisa 10 ainda bateu boca com Borja, o provocando pela passagem no Palmeiras, e pilhou os demais companheiros com foto no vestiário: “Aqui é Brasil, p...”.
A postura irrita adversários, que se queixam do excesso de quedas, mas há outros números convincentes. Neymar teve 13 participações diretas em gols nos últimos sete jogos do Brasil. Foram sete gols e seis assistências. Além disso, sofreu três pênaltis. Na Copa América apenas, são apenas dois gols, mas quatro assistências e 14 finalizações. O camisa 10 é também é disparado o que mais fica com a bola na equipe brasileira.
Astro da seleção e homem de confiança de Tite, o craque atuou em 39 partidas sob o comando do treinador, com 22 gols e 23 assistências. Hoje, Neymar verá Renan Lodi de volta na ala esquerda para apoiar o setor. Tite também confirmou nova chance a Douglas Luiz no meio-campo. Lesionado, o zagueiro Felipe foi cortado e em seu lugar o técnico chamou Léo Ortiz, do Bragantino. A CBF solicitou à Conmebol a mudança do local do jogo das quartas de final, programado para o estádio Nilton Santos, no Rio. A Arena Pantanal, em Cuiabá, foi colocada como opção. Tite evitou mais críticas pois já foi multado.