Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo quinta, 04 de julho de 2019

COPA AMÉRICA: BRASIL TERÁ PELA FRENTE UM PERU DIFERENTE

 

Brasil terá pela frente na final um Peru diferente do que goleou na primeira fase

Seleção peruana chega à decisão da Copa América, domingo, sem lembrar o time batido por 5 a 0 há 12 dias, na primeira fase da competição
 
 
Jogadores do Peru comemoram o gol de Yotún na vitória sobre o Chile Foto: JUAN MABROMATA / AFP
Jogadores do Peru comemoram o gol de Yotún na vitória sobre o Chile Foto: JUAN MABROMATA / AFP
 
 

Uma surpreendente seleção peruana derrotou ontem o Chile por 3 a 0 , em Porto Alegre, para carimbar sua vaga na final da Copa América e confirmar uma revanche com o Brasil, domingo, às 17h, no Maracanã. No primeiro encontro entre os dois, na fase de grupos, o Brasil goleou por impiedosos 5 a 0 na Arena Corinthians, em São Paulo.

Então, o que espera o Brasil na final de domingo? Ontem, por 25 minutos, o Peru vitimou o Chile com uma arma que, em outros tempos, esta geração chilena impunha aos adversários: pressão sufocante na saída de bola e um jogo agressivo que resultou no gol de Flores. Há alguns anos, o habitual era ver o Chile sufocando a posse de bola rival. Não é mais possível com um time que ontem iniciou a partida com nove jogadores de 30 anos ou mais.

ANÁLISE: Título poderia renovar confiança no futebol brasileiro

Mas o Peru repetirá tal pressão contra o Brasil? Difícil prever algo sobre este time camaleônico. O jogo dos 5 a 0, um ponto fora da curva para esse time, começou com uma tentativa peruana de adiantar a marcação e, por mais que a goleada encubra, a estratégia deixou o Brasil desconfortável até achar o 2 a 0. Mas o resultado pode produzir um Peru escaldado e mais cauteloso. Contra o Uruguai, nas quartas de final, marcou mais atrás e amarrou o jogo.

 

PAULO CÉZAR CAJU: A pior Copa América de todos os tempos

E, se optar por ser mais cautelosa, a seleção treinada pelo argentino Ricardo Gareca desde o início de 2015 pode ser perigosa no contra-ataque. Foi o que fez no segundo tempo de ontem, quando o Chile, em desvantagem, buscou ter mais posse e se adiantar. Ficou exposto que os peruanos têm certa dificuldade de marcar perto de sua área. Mas aproveitaram o espaço às costas da defesa do Chile para aplicar o golpe fatal: um passe longo às costas da zaga permitiu a jogada de Carrillo e o belo gol de Yotún.

Gallese voa para fazer mais uma defesa impressionante na vitória do Peru sobre o Chile Foto: LUISA GONZALEZ / REUTERS
Gallese voa para fazer mais uma defesa impressionante na vitória do Peru sobre o Chile
Foto: LUISA GONZALEZ / REUTERS

 

O Peru do segundo tempo não impedia que o Chile criasse chances e Gallese se tornasse o grande nome da noite, com defesas incríveis, pegando até mesmo um pênalti de Vargas já nos acréscimos, com a partida decidida. Mas mostrava que vale ter atenção com as escapadas rápidas de Flores e Carrillo pelos lados. E o bom volante Tápia ainda daria belo passe, aos 45 do segundo tempo, para Guerrero fazer o terceiro com categoria.

Por falar no atacante ex-Corinthians e Flamengo, e hoje no Internacional, trata-se de um caso à parte. Sua capacidade de fazer o time jogar é acima da média e independe do número de gols que faça. Quando o Peru se vê pressionado, é capaz de recebe bolas longas e aparar até que os companheiros cheguem.

 

Outro ponto de atenção que a defesa brasileira deve ter é com a movimentação de Cueva entre as linhas de marcação do rival e aproximando-se de Guerrero. Contra o Chile, fez ótima partida, assim como Yotún.

Se depender do histórico, o Brasil é amplo favorito. Nos 44 duelos contra o Peru, a seleção venceu 31, empatou nove e só perdeu em quatro oportunidades. Na Copa América, a vantagem brasileira é mantida. Foram 12 vitórias, três empates e três derrotas.

Jogadores do Peru comemoram o gol de Guerrero na vitória de 3 a 0 sobre o Chile Foto: RAUL ARBOLEDA / AFP
Jogadores do Peru comemoram o gol de Guerrero na vitória de 3 a 0 sobre o Chile Foto: RAUL ARBOLEDA / AFP

O último revés, porém, foi doloroso. A vitória peruana por 1 a 0 na Copa América do Centenário, em 2016, determinou a queda da seleção brasileira ainda na primeira fase da competição, e a demissão do técnico Dunga. Na última vez que o Peru conquistou a competição, em 1975, eliminou o Brasil nas semifinais.

O Brasil tem melhor time, mas ao contrário do que indica a goleada recente, o Peru merece cuidados. O domingo promete uma grande final no Maracanã.


Escreva seu comentário

Busca


Leitores on-line

Carregando

Arquivos


Colunistas e assuntos


Parceiros