Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão quinta, 20 de junho de 2019

COPA AMÉRICA: BRASIL SE TORNA COADJUVANTE

 

Potência nas Eliminatórias, Brasil se torna coadjuvante na Copa América

Aproveitamento da seleção brasileira contra os mesmos adversários despenca no torneio

Ciro Campos, enviado especial / Salvador, O Estado de S.Paulo

20 de junho de 2019 | 04h30

 

As dificuldades encontradas pela seleção brasileira nos compromissos diante de Bolívia e Venezuela deixam o técnico Tite e o elenco diante de uma dúvida de difícil resposta. O desafio da equipe é entender como o País que costuma liderar as Eliminatórias e se classificar para as Copas do Mundo com bom aproveitamento, e antecedência, vê o desempenho cair tanto quando se trata de enfrentar os mesmos adversários, mas em disputa em outro formato, como é a Copa América.

A última vez que a seleção ganhou a competição foi em 2007. Desde então, sofre com um rendimento medíocre na competição. De lá para cá, a equipe entrou em campo 13 vezes por quatro edições diferentes (incluindo a atual) do torneio e venceu apenas 54% dos pontos disputados. Foram seis empates, cinco vitórias e duas derrotas.

 

 
Tite
 
Tite. Foto: Alex Silva/Estadão

O rendimento se opõe ao retrospecto positivo quando se trata de Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa. Desde a conquista da última Copa América, o Brasil disputou duas vezes o classificatório para o Mundial, edição 2010 e 2018, sempre com supremacia sobre os adversários do continente. Não disputou para 2014 porque era o país anfitrião do Mundial.

Tanto para a Copa da África do Sul quanto para a da Rússia, o Brasil terminou na liderança da longa caminhada de 18 jogos e de dois compromissos contra cada um dos rivais. O retrospecto ficou acima dos medianos 54% conquistados em edições de Copa América, com 63% de aproveitamento na campanha para o Mundial de 2010 e 76% na caminhada rumo à edição de 2018. Com Tite, o time chegou a vencer nove jogos seguidos.

SEM EXPLICAÇÃO

O capitão Daniel Alves vivenciou todas essas campanhas nos seus 13 anos de seleção e admitiu ser difícil entender a diferença de comportamento. “Na Copa América a gente oscila muito. Nas Eliminatórias a gente consegue ter boas campanhas. Mas nós somos uma grande seleção. Podemos melhorar. Até porque somos uma das grandes nações do continente, como as próprias Eliminatórias mostram”, afirmou.

A vitória por 3 a 0 sobre a Bolívia com gols no segundo tempo e o empate em branco com a Venezuela colocaram Tite na inédita situação de sofrer contra países sul-americanos. O treinador conseguiu nas últimas Eliminatórias um desempenho quase perfeito diante dos vizinhos, com 89% de aproveitamento e nove vitórias.

Curiosamente, os antigos fregueses viram adversários temidos e até ameaçam uma participação mais efetiva do Brasil na Copa América em casa. Para Tite, a equipe tem sofrido na atual competição por causa do nervosismo. “Ficamos apressados demais, ansiosos demais. Isso fica traduzido nas jogadas em que você força e erra. As finalizações ficam imprecisas e o time passa a arriscar pouco.”

Nas últimas edições da Copa América, o Brasil se tornou coadjuvante. São três torneios seguidos sem ao menos ser semifinalista, enquanto países bem menos badalados, como os rivais de grupo Peru e Venezuela, conseguiram chegar entre os quatro primeiros colocados. Os peruanos ficaram em terceiro em 2011 e 2015 e os venezuelanos em quarto em 2011.

ANÁLISES

Robson Morelli, editor de Esportes

Tite precisa repensar sua forma de comandar a seleção. Ele está perdido, confuso e sem convicção do que deve e não deve fazer. Ninguém entende mais a forma como ele pensa o futebol. É extremamente preocupado em perder os jogos, em marcar os rivais fracos. Joga pelo emprego e ele não precisa disso. Está envolvido demais com sua patota. Há jogadores fora de posição. O meio de campo não existe. Falta armador. Falta inteligência ao time. As vaias nos jogos da Copa América precisam ser entendidas como desaprovação.

Raphael Ramos, chefe de reportagem de Esportes

O Brasil faz campanha decepcionante até aqui e, claro, Tite está no paredão. Enquanto isso, Philippe Coutinho, Firmino, Daniel Alves, David Neres e companhia parecem se esconder atrás do escudo criado pelo próprio treinador. Sem Neymar, chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor, como diriam Os Novos (e bons) Baianos. Os jogadores precisam assumir o protagonismo na seleção. Que a coragem de Everton Cebolinha contagie as estrelas da seleção. Tite tem culpa, mas não é o único responsável. 

Almir Leite, editor assistente de Esportes

Uma das marcas de Tite é o conservadorismo. Ele, por exemplo, não costuma utilizar no jogo algo que não treinou. Mesmo que o que foi treinado não funcione. Mas às vezes é preciso sair da caixinha, pensar rápido, improvisar. Há jogos que precisam de ousadia, de apostar no imprevisto. É hora de Tite acrescentar repertório às suas convicções. E os jogadores têm de se “coçar”. Não justifica Coutinho jogar mal só porque foi bem marcado. Nem Daniel Alves não perceber que seus cruzamentos não dão em nada. Trata-se de seleção brasileira, não de time de Série C.


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