Meu neto Bernardo, apenas 8 anos, sentado em poltrona frontal a minha, percebe todo o meu relaxamento de fim de semana traduzido pelo calção velho, de pernas frouxas, tão confortável quanto indiscreto, deixando liberto tudo aquilo que preso deveria estar.
Com toda elegância, discrição e sabedoria, adverte o velho avô, com a cara muito séria de quem sabe repreender quem uma boa repreensão merece:
– Vovô, sabia que quando você cruza as pernas aparece tudo que não deveria aparecer?
Feche-se a cortina, descruzem-se as pernas, vista-se uma bermuda decente. Foi o que fiz.