Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão quarta, 15 de abril de 2020

CONTRA A RECESSÃO, FMI SE ALINHA À OMS

 

Contra a recessão, FMI se alinha à OMS

Boas políticas sanitárias, como o isolamento social, tornarão mais provável a reativação da economia a partir do segundo semestre e algum desafogo em 2021

Notas & Informações, O Estado de S.Paulo

15 de abril de 2020 | 03h00

Conter a pandemia é condição para a retomada econômica, e isso dependerá de medidas como o isolamento social, sustenta o Fundo Monetário Internacional (FMI) em documento sobre as perspectivas mundiais. Economistas e diretores do Fundo mostram-se alinhados com a Organização Mundial da Saúde (OMS), advogando medidas de prevenção para impedir o colapso dos serviços médicos. Boas políticas sanitárias tornarão mais provável a reativação a partir do segundo semestre e algum desafogo em 2021. A melhor forma de atenuar o impacto econômico da pandemia é atacar o vírus, deixaram claro, numa entrevista conjunta em 3 de abril, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, e o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. A experiência, o conhecimento e o bom senso dos técnicos e dirigentes das duas instituições são negados pelo presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores. Todos vão morrer algum dia, argumentou Bolsonaro numa declaração recente.

Mesmo com a contenção da pandemia, o balanço geral de 2020 será muito ruim, segundo as projeções da Perspectiva Econômica Mundial (World Economic Outlook), a mais importante publicação periódica do FMI. Na pior crise desde a Grande Depressão de 90 anos atrás, a economia brasileira deve recuar 5,3% em 2020, acompanhando uma contração global de 3%, segundo projeção do Fundo Monetário Internacional.

Mas esse cálculo vale para um cenário com a pandemia chegando ao pico no segundo trimestre e amainando na segunda metade do ano. Num quadro mais tenebroso, o produto global poderá encolher 6%. Para a maioria dos países será um desastre quase inimaginável mesmo neste momento.

 A retomada econômica vai depender das condições sanitárias, como já haviam afirmado, no começo do mês, os dirigentes do FMI e da OMS. A defesa da vida criará as condições necessárias para a reativação. Se a difusão da covid-19 for achatada com o isolamento social, os sistemas de saúde poderão enfrentar a doença, e isso levará à reativação, disse a economista-chefe do Fundo, Gita Gopinath. “Nesse sentido”, acrescentou, “não há dilema entre salvar vidas e salvar as condições de sustento.”[DAS FAMÍLIAS]

Mantido o isolamento, os governos terão de continuar apoiando trabalhadores e empresas. Será preciso, segundo o FMI, continuar gastando muito com os sistemas de saúde e com a ajuda às famílias durante a crise. Os bancos centrais devem persistir no estímulo à expansão do crédito. Os governos, dentro de suas possibilidades, precisam manter os cofres abertos por algum tempo.

Muitos países precisam de ajuda. O FMI já iniciou socorro a mais de 90 nações e vem concedendo e recomendando a concessão de facilidades aos endividados, além de doações e de financiamentos em condições especiais. O próprio Fundo maneja um orçamento de US$ 1 trilhão para ajuda a países vulneráveis.

Nenhuma economia ficará ilesa. O crescimento chinês deve passar de 6,1% em 2019 para 1,2% em 2020. Os Estados Unidos devem sofrer contração de 5,9% neste ano. No ano passado houve expansão de 2,3%. Mas a retomada será sensível, em 2021, se a pandemia for contida como no cenário básico. Nesse quadro o Brasil crescerá 2,9% no próximo ano, bem abaixo da média global de 5,8%, por causa das severas limitações do País.

Os cenários incluem um severo choque financeiro. Os emergentes entraram numa tempestade perfeita – pandemia, queda do preço do petróleo, aumento da aversão ao risco e perspectiva de recessão global. Essa avaliação está no Relatório de Estabilidade Financeira Global, também divulgado ontem. As moedas de países exportadores de commodities, como Brasil, Colômbia, México, Rússia e África do Sul, caíram mais de 20% em relação ao dólar no primeiro trimestre, movimento em boa parte explicável pela fuga de capitais.

A recuperação exigirá, em 2021, um duro reparo dos fundamentos econômicos, a começar pelas contas públicas. Mas tudo será pior se a precipitação prejudicar o combate à pandemia. Mais que o atraso na retomada, haverá muitas mortes a lamentar.


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