Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão quinta, 16 de janeiro de 2020

CONSUMO, UM FOCO DE ÂNIMO

 

Consumo, um foco de ânimo

Os novos números do comércio varejista melhoram um cenário marcado pelo forte recuo da indústria e pela estagnação dos serviços em novembro

Notas & Informações, O Estado de S.Paulo

16 de janeiro de 2020 | 03h00

Turbinado pela Black Friday, o comércio varejista vendeu 0,6% mais em novembro e acumulou 3,3% de avanço em sete meses seguidos de expansão. Os novos números melhoram um cenário marcado por forte recuo da indústria e pela estagnação dos serviços em novembro. As vendas de lojas, farmácias e supermercados confirmaram de novo a reanimação do consumo. Essa é uma condição essencial para a continuidade e a aceleração da retomada econômica em 2020. O Ministério da Economia elevou de 2,32% para 2,4% sua estimativa de aumento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. No ano passado, a expansão deve ter ficado em 1,12%, segundo a avaliação provisória da equipe econômica.

A animação dos consumidores em novembro é atribuível às promoções do varejo, inspiradas no modelo da Black Friday, e à liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do PIS-Pasep. Mais dinheiro do FGTS está sendo liberado neste ano. Os juros básicos, de 4,5%, permanecem no mais baixo nível da série histórica e isso também favorece as vendas de uma parte do comércio.

Mas a reativação do consumo, embora persistente, continua moderada. Apesar dos números positivos de 2019, o volume vendido pelo comércio varejista ainda ficou, em novembro, 3,7% abaixo do pico registrado em outubro de 2014, quando o País começava a cair na recessão. Mas há um detalhe positivo em relação a esse dado: essa é a menor distância em relação ao pico desde o início da recuperação econômica, há três anos.

Em novembro, o comércio varejista vendeu 2,9% mais que no mesmo mês do ano anterior. A comparação do período de janeiro a novembro com o de um ano antes também é positiva e mostra um ganho de 1,7%. Em 12 meses houve expansão de 1,6%. Houve perda de ritmo, porque no período encerrado em outubro o avanço acumulado havia sido de 1,8%. Além disso, as vendas do varejo ampliado – com inclusão de veículos, seus componentes e materiais de construção – diminuíram 0,5% de outubro para novembro, mas ainda acumularam ganhos de 3,8% no ano e de 3,6% em 12 meses. O recuo mensal decorreu da redução de vendas de automóveis.

A perda de vigor do setor automobilístico afetou outros segmentos industriais e prejudicou no fim do ano o desempenho geral da indústria, já insatisfatório em vários meses de 2018 e na maior parte de 2019. O pior dado de novembro foi a queda de 1,2% da produção industrial, depois de três meses de resultados positivos. Dezesseis das 26 categorias avaliadas na pesquisa tiveram produção menor que no mês anterior. O volume produzido em 12 meses foi 1,3% menor que o do período anterior. Além disso, em novembro a atividade industrial diminuiu em 11 dos locais pesquisados, incluídos os grandes núcleos da indústria no Sudeste e no Sul.

Não haverá efetiva e duradoura retomada do crescimento econômico sem a recuperação da indústria, especialmente da indústria de transformação, em crise há quase dez anos. Será necessário muito investimento em modernização e em capacidade produtiva, mas a curto prazo é preciso reduzir a ampla ociosidade das máquinas e equipamentos. Isso dependerá, em parte, de uma recuperação mais firme e mais intensa do consumo, ainda limitada por vários fatores, incluído o desemprego superior a 11% da força de trabalho.

A limitação do poder de consumo refletiu-se em novembro na estagnação da demanda de serviços. A produção de serviços diminuiu 0,1% de outubro para novembro e se manteve 9,8% abaixo do pico alcançado em novembro de 2014.

A redução de 1,5% nos serviços prestados às famílias ilustra as dificuldades ainda vividas pela maior parte dos brasileiros. A inflação das famílias de baixa renda, mais acentuada nos meses finais de 2019, agravou essas dificuldades e as tornou mais penosas.

Como pouco se fez pela redução do desemprego em 2019, as condições do mercado de trabalho ainda afetam a economia. Apesar de tudo, a retomada deve continuar


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