Durante o debate, cada autoridade pode sacudir
1Kg. de má-criação nos peitos do conselheiro opositor.
(Tudo ao respiro da ética e da decência nacioná)
– De honra, decoro e ética
É composto este Conselho.
Não pode ter um grupelho
A fim de tagarelar.
– Êpa! Epíssima! Olhe lá!
Grupelho é Vossa Excelência!
E aviso: minha clemência
É couro em parlamentar.
– Couro bom de pezunhar
Do zóvo até o cangote
Vossa Excelência não bote
Capacho no meu cruzar.
– A mais ilógica… Ou quiçá
A mais “peba” da indecência
É Vossa felaputência
Querer nos moralizar.
– Dou-lhe um pega-pra-capar
E um grito de “teje-preso!”
Seu corno do chifre aceso
Bisturi de vegetá.
– Se for pra esculhambar
Escute Excelência Vossa:
Devolva a moral que é nossa
Que seu traquejo é roubar.
– Meu nível, eu não vou baixar
Ao chorume da carcaça
Sua Excelência não passa
De um ladrão de Bagdá.
– Tou cagando pro azar
Porque meu fundo é de ema
E trago um par de algemas
Pra Vossa Excelência usar.
– É melhor nós se acalmar…
Pouco mais tá dando um causo
Pois nós véve dos aplauso
Do povo desse lugar.
– Não é véve!
É convéve!
É por isso que eu me arreto!
Vossa Excelência é esperto
Mas não vale um grão de sá.